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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

ISTO SOMOS NÓS: O PATRIOTISMO DA PORTUGALIDADE CONTRA O ÓDIO

Foto de Nova Portugalidade.

Em décadas recentes, com a emergência de pensamento anti-Europa que a si próprio, e sem convencer, se chamou "altermundialista", tentou exigir-se das nações da Europa que compreendessem o mundo despojando-se de si mesmas; isto é, abdicando do seu património próprio, da sua memória e do fundamental do que são. A Nova Portugalidade, sendo patriótica, rejeita, censura e refuta essa capitulação da Europa, rendição tanto mais grave por não se dar frente a cultura alguma, mas ante verdadeira anti-cultura que todo o mundo pretende subjugar à sua imagem. Em causa não está, pois, qualquer conflito de civilizações como o teorizado por Samuel P. Huntington na década de 90; não julgamos, contra tantos adversários da riqueza cultural que adorna o mundo, que a Europa - e, como sua ramificação, a Portugalidade - se encontre sob ataque de qualquer civilização estrangeira. Pelo contrário, ameaçada nos parece toda a diversidade humana; é dizer, que a luta não existe entre culturas, mas entre um recente, brutal e expansivo processo de desmantelamento cultural a que se tem chamado "mundialização" e todas as religiões tradicionais, todos os modos de vida confirmados pelo hábito, toda a prática humana fundada na História. Assim visto, pois, o verdadeiro conflito dá-se entre antiguidade, autenticidade e continuidade - cristã católica ou ortodoxa, islâmica, budista ou hindu - e ruptura e artificialidade; a Portugalidade, como família humana radicada no cristianismo, mas de abertura e feição universal, é natural e necessariamente parte nesse combate - e também ela está sob fogo.

Por todo o mundo português, identidades falsas, artificiais, politicamente motivadas, sem raiz que não seja a do interesse, são acarinhadas pelos meios de governos, holofotes da imprensa e dinheiros de grandes companhias. Em Portugal, procura convencer-se um povo que andou fora da Europa durante seiscentos anos de que deve hoje circunscrever-se a ela; diz-se de uma nação cujo chefe de Estado é de sangue africano e o chefe de governo de ascendência indiana que nada há de si para lá da Europa; argumenta-se, absurdamente, que nada ficou de seis séculos de exploração, de sacrifício, de construção de espelhos de Portugal na América, na África e na Ásia. Ao brasileiro mente-se também. A esquerda diz-lhe que é nativo oprimido, humilhado, destratado pelos portugueses. Coisa bizarra, pois o brasileiro é português no sangue, no espírito, na cultura e na língua; é bisneto de minhoto e neto de açoriano, vai a igreja onde vivem ainda as armas de Portugal; viu nascer o seu país, fê-lo crescer e deu-lhe força sempre à sombra do estandarte das Quinas. Já a direita brasileira, igual na inconsciência ou no descaramento, convence o brasileiro de que é norte-americano, e pede-lhe que em tudo imite a América - como se o Brasil, que nunca conheceu o racismo, tivesse algo a aprender com o país da segregação racial, do extermínio dos indígenas e do KKK. A Angola, a Moçambique, a toda a antiga África portuguesa, acenam com o "pan-africanismo", forma de nativismo tão sem sentido quanto é o que conspurca a mente de tantos brasileiros. Com efeito, que tem o angolano médio em comum com o maliano para lá do que une - a cor da pele e a vida de miséria - um português desvantajado a um romeno de Iasi?

Ao despoletar de pan-africanismos sem sentido, de europeísmos estranhos à nossa tradição de nação pluricontinental, da estranha obsessão da direita brasileira pelos Estados Unidos e da esquerda pelo Mercosul, pode replicar a Portugalidade com o patriotismo que lhe é velho e natural. Esse patriotismo nosso - que não é português de "Portugal", mas português da Portugalidade - possui a virtude rara de ser integrador onde outros patriotismos fomentam a divisão, de conviver facilmente com a diversidade entre homens, de censurar o racismo, odiar o ódio, aceitar, celebrar, proteger e construir-se de quem é de cor ou fé diferente. Numa palavra, o patriotismo português - o patriotismo da Portugalidade - é ecuménico; é, no sentido romano do termo, "imperial". Não poderia, sendo o Islão a segunda religião da Portugalidade - há milhões de muçulmanos em Moçambique e na Guiné - ser islamófobo; não poderia, conhecendo o valoroso serviço prestado a Portugal por tantos portugueses de fé judaica, ser anti-semita; não poderia, porque a miscigenação e o anti-racismo são a marca essencial da expansão portuguesa, ser racista. Civilização de coração cristão, formação cristã, acção cristã e vocação cristã, a Portugalidade é uma fraternidade de povos, e por isso é fraterno também o seu patriotismo. Esse patriotismo novo, limpo e bom, de essência cristã mas aberto a todos, é simultaneamente o que a Portugalidade trouxe de novo ao mundo e o que importa redescobrir na (nova) Portugalidade que construímos hoje.

RPB

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