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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 31 de março de 2016

PRÉMIO DE LUSOFONIA, POR MENDO CASTRO HENRIQUES

 

       Prémio de Lusofonia - 22 de Março de 2016 
      Mendo Castro Henriques

Estamos aqui reunidos para um acto de justiça: a entrega do prémio Personalidade Lusófona do MIL a Dom Duarte, Duque de Bragança, Chefe da Casa Real Portuguesa, um prémio que simboliza o reconhecimento da sociedade civil dos países lusófonos.

Nesta sala da Sociedade de Geografia em que respiramos a atmosfera lusófona, que se mede por séculos e muitas gerações, podemos dizer que a História veio visitar a Geografia na sua pessoa.

Mas se Dom Duarte fosse só História, se fosse só passado, não estaríamos aqui a celebrá-lo.

Estamos aqui porque Dom Duarte tem uma mensagem de futuro, exposta em todas as suas intervenções públicas, nas suas viagens e contactos internacionais.

Cada dia são mais os que perfilham a visão de que, juntos, os países de língua portuguesa podem e devem construir um destino comum, melhor do que aquele que vivem separados.

Num mundo global em que as comunicações não têm fronteiras, os valores da estabilidade e da competitividade assumem uma importância fundamental para que as nações lusófonas se afirmem abertas ao progresso e ao desenvolvimento.

E para essa finalidade, e sem quaisquer ajudas do Estado, Dom Duarte tem-se deslocado ao mundo da lusofonia procurando incutir essa disposição nas comunidades que visita e nos governantes com quem fala.

São bem conhecidas as suas palavras de encorajamento para que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa possa evoluir no sentido de uma Confederação, aproximando as nações irmanadas pela língua.

Essa sua ligação espelha-se em todos as nações e diásporas da comunidade lusófona, a começar pela mais distante, Timor-Leste.

A sua ligação a Timor começou há muitos anos. Foi de lá, onde se encontrava de visita, que enviou a sua mensagem a saudar a Revolução do 25 de Abril.

Foi em Timor que, desde o inverno de 1975, ao visitar os refugiados no vale de Jamor, focou a sua atenção e cuidados depois continuados nos anos 80 na campanha “Vamos Ajudar Timor”

E quando Timor Leste se tornou a mais jovem nação do mundo em 2002, Dom Duarte, forçado a acompanhar à distância esse acto, prosseguiu a sua campanha através dos apoios concedidos pela Fundação D. Manuel II, a que preside.

Tudo isso explica a honrosa decisão por unanimidade do Parlamento Timorense em 2011, de conceder-lhe a nacionalidade timorense que veio reforçar a obrigação que sente de apoiar esta Nação !

E assim, após visitar o país com a família em 2014, esteve em Dili em 2015, a convite do Estado Timorense, a fim de participar  nas comemorações dos 500 anos do começo da convivência entre Timorenses e Portugueses.

Nos países onde vai contactar com comunidades lusófonas, na Europa ou no resto do Mundo, Dom Duarte é recebido como o rosto vivo da lusofonia, o irmão mais velho que se recebe em casa.

É assim no minúsculo Grão–Ducado do Luxemburgo, onde 20% da população activa é portuguesa, como nos gigantescos Estados Unidos da América, onde tem sido recebido quer por governantes como o falecido Ronald Reagan quer pelas comunidades de migrantes portugueses.

No Brasil – e Dom Duarte é filho de D. Maria Francisca, trineta do rei D. Pedro IV ou imperador Pedro I, do Brasil - deslocou-se neste Março, a fim de agradecer  ao Ministro Assuntos Exteriores  Mauro Vieira e à Presidente Dilma Roussef, em Brasília, a concessão da nacionalidade brasileira a si e à sua família. 

Na prestigiada União Brasileira de Escritores no dia 16 de Março de 2016, realizou uma palestra sobre a “A Influência da Língua Portuguesa no Mundo”, e a difusão da Lusofonia entre os seus povos e o trabalho desenvolvido pela Fundação Dom Manuel II.
 
Aí recebeu a Medalha Jorge Amado, por sua afirmação da língua portuguesa, e seu incansável trabalho em prol da difusão do ideal lusófono.

Nas suas visitas à Galiza, encontra sempre um vivo interesse pela língua portuguesa, “o português da Galiza” e pelo aprofundamento das relações económicas e culturais de Portugal com a nacionalidade irmã.

Com Angola, onde colaborou nos longínquos anos de 1971 para organizar uma lista independente que concorresse às eleições, tem mantido laços do maior interesse, com numerosas organizações da sociedade civil angolana bem como com a Conferência Episcopal Angolana.

Poderia continuar a lista de vistas de trabalho de Dom Duarte às nações. Mas não é fácil, tantos e tão oportunos têm sido os seus esforços para o desenvolvimento do idioma português e dos laços humanísticos entre nações e comunidades irmãs.

Fernando Pessoa imortalizou a frase “A minha Pátria é a Língua Portuguesa” e Virgílio Ferreira disse um dia “Da minha Língua vê-se o mar”.

E mais escreveu Fernando Pessoa : “Estamos, neste mundo, divididos por natureza em sociedades secretas diversas em que somos iniciados à nascença, e cada um tem, no idioma seu e no que está nele, o seu toque próprio, a sua própria palavra de passe”

Essa Língua em que “somos iniciados à nascença” é um factor de união dos Países Lusófonos que tem de ser cada vez mais acarinhado, com medidas de futuro.

Muito recentemente, Dom Duarte sugeriu duas iniciativas que poderão vir a fortalecer a relação entre povos irmãos que querem enfrentar juntos os desafios do futuro.

Tendo presente os jovens dos Países da CPLP que anseiam e lutam para se prepararem para um futuro melhor sugeriu a criação de um programa semelhante ao "Erasmus” europeu

Esse programa “António Vieira”, aproximaria os jovens oriundos dos Países  da CPLP, e dar-lhe-ia acolhimento junto das respectivas entidades responsáveis.

Em segundo lugar, tendo presente os Portugueses espalhados pelo Mundo, que cultivam um amor exemplar à Pátria, Dom Duarte sugeriu a introdução do voto electrónico para os eleitores recenseados no estrangeiro.

Essa iniciativa promoveria a participação activa dos cidadãos na vida política e iria diminuir a  alta percentagem de pessoas às quais não são proporcionadas  condições  de voto.

É tempo de terminar estas breves palavras de celebração do prémio Personalidade Lusófona do MIL atribuído a Dom Duarte, Chefe da Casa Real Portuguesa.

Houve um tempo, no passado, em que os Reis eram chamados de pais da Pátria porque assim os consideravam os súbditos. Esse tempo passou.

Hoje em dia, em tempos de cidadania, saudamos Dom Duarte como um nosso irmão mais velho, irmão dessa grande irmandade da lusofonia, em que somos iniciados à nascença e de que fazem parte angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guinéus, galegos, moçambicanos, portugueses, são-tomenses e timorenses, e todas as diásporas da lusofonia.

Todos eles cabem no coração de Dom Duarte. E por isso, e sendo certo que cognomes só se atribuem na hora da morte - longe vá o agouro -  é muito provável que a história registe um dia Dom Duarte como “O Lusófono”.

Por tudo isso que já fez pela Lusofonia, por tudo isso que fará e, sobretudo, por ser quem é, bem-haja Senhor Dom Duarte de Bragança!

Mendo Castro Henriques

Sociedade de Geografia de Lisboa

22 de Março de 2016

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