Bilhete-postal do Tempo – ‘ah, bons velhos tempos!’ – em que não se partilhavam as notícias, mas antes se enviavam!
Que boa forma de receber novas sob os auspícios dos Reis de Portugal,
mostrando que estava arreigada na iconografia popular a ideia de que
com zelo cuidadoso os Monarcas olhavam pelo Seu Povo. Não se tratava de
paternalismo, mas do reconhecimento de que o Rei é uma instituição que
representa a Nação, verdadeiramente; que transporta consigo uma carga
emblemática que faz todos sentirem-se parte de um todo, é isso:
O REI É A ENCARNAÇÃO DA NAÇÃO!
O Povo considera a Monarquia como sua! É um sentimento reflexo,
entranhado, e, esse sim verdadeiro da Sociedade que é um corpo vivo, e
não um agregado de indivíduos! Por isso só com a Restauração da
Monarquia Portuguesa, só com o regresso do Reino de Portugal, só então
tornará a haver representação verdadeira do Povo e da Nação!
Hoje é mínimo o número de votantes quando comparado com os eleitores
inscritos o que revela esse distanciamento da maioria face à minoria que
a domina, não por génio, mérito ou excelência intelectual, mas apenas
porque se apropriou dos meios de poder e coerção. A história sempre
confirmou isso: os mais pobres e os sem poder não têm como se afirmar
quando não há aspirações materiais e espirituais comuns.
A Monarquia não provoca antagonismo inconciliável entre um Chefe de
Estado e governo, assim como não empedra o Primeiro Cidadão como
instrumento político de um governo da sua área ideológica. Numa
república o chefe de Estado representa uma minoria, pois foi sufragado
apenas por uma parte dos eleitores, pelo que não foi escolhido pelos que
não votaram em si, pelos que se abstiveram – a maioria -, e pelos que
anularam ou votaram em branco. Só um Rei representa realmente todos, sem
sofisma da representação, pois o Monarca é o natural e, como tal,
legítimo representante da Nação, da sua História, dos seus usos e
costumes! No Rei a Nação se transfigura em Ser!
Há 110 anos, em 1905 – data do Postal – Reinava Sua Majestade
Fidelíssima El-Rei Dom Carlos I de Portugal e a Rainha consorte era S.M.
a Senhora Dona Amélia, o Anjo da Caridade!
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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