Constata-se, actualmente, um movimento
significativo, em países como Portugal e o Brasil, favorável à adopção de
um regime monárquico constitucional.
Uma das razões deste movimento, certamente, é o descontentamento
generalizado e crescente com os sistemas políticos vigentes nestes
países que utilizam a democracia como uma forma de poder sectorial.
Os que se debruçam sobre essas questões, facilmente se convencem que a
“monarquia constitucional parlamentarista” é o sistema de governo que
melhor se adequa a uma democracia plena e verdadeira!
Os que rejeitam, a priori, ou acham que o sistema
monárquico é inaceitável sob qualquer ângulo, ou, exigem provas
definitivas da utilidade do mesmo nos dias actuais.
Ora, provas definitivas já existem e estão espalhadas por todo o mundo.
Consulte-se, por exemplo, um rol de países super-desenvolvidos, tais
como Noruega, Austrália, Canadá, Holanda, Suécia, Japão, Dinamarca,
Bélgica, Luxemburgo, Nova Zelândia, Reino Unido, e constatar-se-á que,
mais da metade dos países com o melhor índice de desenvolvimento humano,
são monarquicos!
Isto não é uma prova definitiva?
O certo é não combater o antagonismo a esta opção (monarquia) como se
só uma posição fosse a correcta, e nem buscar seguidores com o mesmo
proselitismo praticado por partidos populares. Anote-se que o movimento monárquico não é um partido político.
Tenho para mim que o monarquismo é uma questão cultural a ser posta à
apreciação de uma verdadeira opinião pública, entendida esta como uma
opinião conscientizada e com conhecimento a fundo do tema.
É certo que há no mundo vários regimes monárquicos equivocados e
negativos, como as monarquias absolutas, mas os defeitos não têm o
condão de desvalorizar os valores da parte positiva do sistema.
A questão é que não se pode formar uma opinião e julgar como um juiz
que pronuncia uma sentença sem examinar cuidadosamente o processo.
Assim, o tema “Monarquia, porque não?” exige uma análise aprofundada e
uma ampla verificação das hipóteses, o que resultará, a meu ver, muito
positivo para as pessoas sinceramente desejosas de se filiar à corrente.
Roberto Wider
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