Sinos a repicar alegremente, foguetes a estalar nos céus, mantas
coloridas nas janelas, faixas e bandeiras nas árvores, tudo sinais com
que as povoações com multidões compactas, entusiasticamente, por brios
ter, acolhiam o Rei.
Ele que tinha por avoengos os Imperadores romanos da Dinastia
Comnenus e Paleólogo, os Reis Capetos de França, a estirpe real dos
Orleães, os Saxe-Coburgo e Gotha, os Imperadores da Hispânia, o Rei
Fundador Afonso Henriques; Ele que privava com os maiores Reis da Terra,
mostrava-se português em tudo e não se fazia rogado em estender a mão e
a Sua palavra fácil e amistosa ao Povo.
El-Rei Dom Manuel II de Portugal num interesse atento entregava
constantemente um sorriso mostrando-se sempre o que era, pois já na sua
«Doutrina ao Infante D. Luís», o douto humanista Lourenço de Cáceres Lhe
recomendava “que se não aparte da afalibilidade nem dê pouca parte
de si ao povo, pois que não há erro mais nocivo para quem seja de
senhorear ânimos portugueses!” Berço abençoado!
Era a comunhão entre Rei e Povo, represtinada dos primórdios da
humanidade que começou por se organizar sob o modelo da Monarquia, o Elo
natural que só as revoluções de uma minoria que se apropriou dos meios
de força e coacção conseguiu quebrar.
O Rei protegia e amava o Povo e a Nação e todas as suas coisas; aos
primeiros amava como um Pai e as suas coisas guardava como se fossem
Suas. Lembremo-nos da célebre tirada d’ El-Rei Dom João II: ‘Quero que se entenda que a Bandeira Portuguesa defende e protege até um papagaio!’
Servir! – Sempre servir… o Povo, a Nação, até à morte e até depois dela… pelo exemplo!
Este louvor popular é a prova que a História dos últimos 104 anos tão
faltado tem à Verdade, transmudada pela pena dos subjugadores,
distorcida pela vontade dos caluniadores! Só esses são os nossos
inimigos, pois enquanto um Rei encarna a História os políticos têm de a
reescrever.
Miguel Villas-Boas – Plataforma de Cidadania Monárquica
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