Por Diogo Tomás | 8 Abril, 2014
O Ensino é um dos temas mais debatidos na sociedade portuguesa. É nesta
discussão que as duas barricadas, conservadora e “fresca”, mais
evidenciam as suas diferenças. É palco preferido para a encenação de um
combate que, em boa verdade, só existe na aparência, porque em Portugal
só existe a direita, ou o conservadorismo, que a esquerda permite.
Tristemente, no nosso país, não há discussão ideológica. Quando parece
que há, pelo menos nos debates televisivos, essa sensação dura pouco,
pois o que se passa no Parlamento, a unicidade do tal regime que quer
“abrir caminho para uma sociedade socialista”, é claramente evidente. Na
aparência não podem uns com os outros, mas comem todos à mesma mesa e
com alegria. No fundo, é como se existisse uma espécie de corda, por
trás das cadeiras dos parlamentares, que os liga a todos, mas que não se
vê.
Este estado de coisas, que perdura e ganha força, verifica-se também, na
manipulação das mentes dos jovens estudantes. Esta “unicidade”,
mascarada de democracia, usa o sistema de ensino de forma a criar
cidadãos pouco ou nada exigentes, para além de passivos e egoístas. Só
uma “massa” controlada deste a Primária, pode permitir tantos desmandos,
de todos os governos, que levaram o país à “falência fraudulenta”, como
diz o Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança.
A educação é dominada pelo pensamento marxista, que além de contrário à
família, tem investido na cadeira do relativismo, onde os alunos
participam muito e tiram altas notas. O objectivo está cumprido, pois
como bem sabemos, grande parte dos jovens portugueses não sabe de onde
veio, não conhece os marcos fundamentais da nossa História e não
questiona as políticas de fundo desta III república, consequência óbvia.
A liberdade, tão propagandeada pelos seus carrascos, não existe. Aluno
que se atreva a dizer que o Rei D. Carlos foi o bode expiatório de uma
classe política corrupta, é fortemente aconselhado a abandonar a ideia,
perante os (des)feitos da república redentora, arauto da liberdade,
quando não é apelidado de fascista pelos próprios professores. Não
querendo generalizar, este é um episódio que se repete em algumas
escolas portuguesas.
A propósito deste tema, o II Congresso da Juventude Monárquica
Portuguesa, ocorrido no passado dia 29, em Coimbra, debateu o estado do
ensino, tendo concluído que o “sistema” falsifica a História de
Portugal, mentindo descaradamente, com o intuito de se perpetuar no
poder (como já se viu, mudam os governos, mas persiste “a corda”). A
solução encontrada pelos jovens monárquicos passa por incentivar a
juventude portuguesa a questionar os seus professores, perante as
falsidades proferidas, para além da elaboração de uma “sebenta” sobre o
período compreendido entre o ultimatum e
a imposição da república. Naturalmente que as mentiras não se esgotam
no ensino deste período, mas consideram, os jovens monárquicos, que o
reinado do Rei Dom Carlos é o mais aproveitado, pela mentira, para
sustentar a república.
É evidente que não se pode cair na tentação de usar a História para
legitimar, ou defender, um regime. O que se procura é repor a verdade e
só a verdade, fornecendo aos alunos ferramentas para que cada um decida,
em consciência, quais as ideias políticas a abraçar.
Ao Estado não cabe definir o quadro ideológico de ninguém, muito menos
quando o objectivo é criar uma juventude instalada, irresponsável, sem
noção da ideia fundamental de “continuidade”, egoísta, orientada para o
consumo, pelo consumo.
É chegada a hora dos jovens portugueses agarrarem o seu futuro, logo o
destino da Pátria, não permitido que o dinheiro e as ideias
verdadeiramente contrárias à natureza humana, continuem a asfixiar
Portugal.
Fonte: A Batalha
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