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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O TRADICIONALISMO



Pendão de Combate D'EL-REI Dom Miguel I

A última Guerra Civil que Portugal atravessou, foi como todos sabemos, a guerra entre Dom Pedro I do Brasil e o seu irmão, Dom Miguel I de Portugal. Essas batalhas, essas guerras, ficaram também conhecidas por "Guerras Liberais" (1828-1834). Como se sabe também, Dom Miguel I era Tradicionalista e o seu irmão, Dom Pedro I era Liberal. Ora, a propósito deste assunto, venho tentar esclarecer que, ao contrário do que muita gente pensa, o tradicionalismo, nada tem a ver com o Absolutismo, nem com o Conservadorismo.

O tradicionalismo é um sistema filosófico que coloca a tradição como critério e regra de decisão, entendendo a tradição como o conjunto de hábitos e tendências que procuram manter uma sociedade no equilíbrio das forças que lhe deram origem.

Segundo os tradicionalistas, as sociedades não resultam de um acto de exclusiva vontade pessoal ou de uma imposição deliberada de um grupo. Consideram que a sociedade é uma criação e não uma construção ou um mecanismo. Sendo uma criação, a sua existência é condicionada por leis naturais.

A atitude tradicionalista distingue-se da conservadora por não ser hostil às inovações políticas, sociais, individuais ou grupais. Enquanto o espírito conservador tem uma atitude que se caracteriza pela deliberação em manter a ordem social, política ou económica existente, o espírito tradicionalista é aberto à mudança e pugna frequentemente pela mudança. A mudança, porém, deve realizar-se sem romper com os antecedentes morais que são o fundamento de uma dada sociedade. O tradicionalismo reage normalmente de forma negativa às revoluções, em especial aquelas que pretendem fazer tábua rasa do passado e do fundamento moral que constituiu uma dada sociedade. Para o tradicionalista, deve ser a história, e não as nossas predilecções doutrinárias, o melhor guia na determinação dos regimes políticos. Se uma dada instituição, como a Instituição Real por exemplo, foi derrubada, é decerto contraproducente tentar voltar atrás e reerguê-la tal como existia, mas deverá ser observado se a função que essa instituição desempenhava encontrou um substituto capaz.

No início do século XX, o tradicionalismo recebeu um contributo insuspeito da ciência nas descobertas de René Quinton, com a "lei da constância do meio vital dos seres". Nessa lei, Quinton não negou a Evolução mas concretizou-lhe as possibilidades: os organismos vivos, para se manterem, procuram sempre restabelecer a pureza do seu meio vital, isto é, procuram manter a inviolabilidade das circunstâncias especiais que os geraram e de cuja guarda e duração depende a sua existência. Os tradicionalistas viram aí uma estrondosa confirmação do princípio tradicionalista: "res eodem modo conservatur quo generantur". As coisas existem pelas mesmas razões porque se geram.

A renovação da biologia seguiu o seu próprio caminho, mas ajudando a destronar o rudimentar ideário do Progresso indefinido. Situado na órbita dos fenómenos sociais, o tradicionalismo continua a entender a política como uma realidade, ou uma experiência, garantida e comprovada pelo decurso da história. As instituições do passado não são boas por serem antigas, mas são antigas por serem boas – é uma famosa máxima tradicionalista.

Os tradicionalistas pretendem, que se delegue mais poder nos Municípios, em vez de se concentrar o poder num Parlamento, com 230 Deputados, que na maior parte dos casos nem conhecem os seus eleitores. Reduzindo assim, o número de Deputados e a corrupção do Poder Central, com tudo o que ela acarreta.

Tudo o que meta a Nação nas mãos dos partidos está fora das cogitações Tradicionalistas, os partidos podem existir desde que se Auto-financiem e não tenham custos para os contribuintes. Defendemos uma organização da Nação apartidária e em total ruptura com a centralização! A Nação deve organizar-se de baixo para cima e nunca num trajecto contrário. As famílias e os municípios têm de ser, para nós, esse 1º patamar!

Achamos que deve haver duas Câmaras, uma onde estarão os representantes das famílias e dos municípios por eleição local e directa com função legislativa e de fiscalização do governo que será sempre da responsabilidade DO REI; outra onde, eleitos da mesma forma por distrito e por região, estarão os representantes dos distritos e regiões em nome das forças vivas: empresários, trabalhadores de todas as profissões, sindicatos e partidos, com função fiscalizadora em relação à outra Câmara, consultiva e ainda criadora, impulsionadora e dinamizadora de acções que possam levar ao desenvolvimento do país em termos económicos, sociais, culturais.

Espero com isto, ter esclarecido, ou pelo menos aclarado, o que é o Tradicionalismo no qual me revejo e pelo qual o Senhor Dom Miguel I queria governar Portugal. E não, como um Absolutista, como ficou conhecido.

Nuno Ramos

Publicado no Grupo “Queremos uma Monarquia TRADICIONAL em Portugal"

1 comentário:

  1. Isto não é tradicionalismo. Isso é liberalice com uns poucos princípios da tradição.

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