Com
o aproximar do fim do ano, e volvidos já mais de 6 meses sobre o início
do projecto “Plataforma de Cidadania Monárquica”, que abracei de corpo e
alma e de que tenho a honra de ser um dos 4 fundadores, o balanço só
pode ser mais do que positivo. Graças à sã camaradagem e ao empenho de
cada um dos associados e colegas na PCM, quase que podia dizer, – não
fosse a inexistência de um estabelecimento físico – que: “- é bom de
mais ir para o “trabalho!”. É contagiante a criatividade que se vive
neste “empresa” que tem como desígnio a Restauração da Monarquia
democrática em Portugal. Sei que não será um processo de todo fácil,
antes pelo contrário, mas, mesmo assim, nunca esmoreci um pouco que
fosse o entusiasmo inicial. Manifestamente Monárquico, é natural que
assim seja, mas se não tivesse sido assim “educado” e depois confesso
por vontade própria, não seria indispensável ser um indivíduo de
poderosa imaginação para admitir que a implantação se tratou de um
tremendo equívoco republicano.
O regímen republicano logo desde o início mostrou-se incompatível com as
idiossincrasias próprias do “Ser Português” e mostrou uma ignorância
árida da história da Nação Portuguesa ignorando, também, a natureza do
seu Povo, pelo que foi superado pelos seus defeitos originários. O
conhecimento prático do homem é essencial para qualquer movimento, pelo
que não poderiam ignorar que nas últimas eleições realizadas em
Portugal, em 1910, durante a Monarquia, os partidos monárquicos
obtiveram 93% dos votos expressos e os republicanos 7%. Assim, os
inábeis políticos provaram apenas a sua incapacidade e deixaram cair a
res publica, assim como já antes provocaram a queda da Monarquia. Não
houve qualquer progresso histórico, as instituições não adquiriram
qualquer vigor democrático que já não existisse na Era da Monarquia.
Cada vez mais nos interrogamos sobre o destino de Portugal, misturando
preocupações actuais com memórias do seu passado.
Por análise histórica e em comparação com os actuais índices de
desenvolvimento e democracia a solução para o presente impasse só pode
ser o regime da Monarquia Constitucional Parlamentar.
Só o Rei terá uma superior consciência dos problemas nacionais, pois a
educação de um Príncipe é orientada da forma que se entende ser a mais
adequada ao melhor desempenho do seu futuro ofício de Rei, de forma a
reinar da forma mais útil e favorável para o País. É nesta
especialização, na defesa da plena independência do País face ao
estrangeiro, na autonomia da chefia do Estado de calendários e lutas
eleitorais com a tranquilidade e a legitimidade para actuar como
moderador entre as várias facções políticas ou demais grupos da
sociedade civil, mas, também, na relação instantânea e afinidade natural
que se estabelece entre o Rei e o seu Povo, que se vislumbram as
principais vantagens do Rei, que será, consequentemente, o melhor
intérprete da vontade nacional e o derradeiro protector dos cidadãos e
da sua Nação.
É com a expectativa de um Regresso o mais breve possível da Monarquia
como forma de governo para Portugal, que iniciarei o novo ano sempre
tendo em mente as sábias palavras de Bertold Brecht que lembrou: “Que
continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida
pública mais querem”. Assim, responsabilidade, também, é dizer o que se
pensa, e dizer o que se pensa não é um exagero de personalidade, nem
uma simples defesa de propaganda. Numa democracia a neutralidade é
perigosa, pois esvazia a acção cívica, e sem diferenciação, com todos em
uníssono a cantar a mesma melodia, as liberdades começam a sumir-se
lentamente e a própria democracia a esmorecer.
Assim continuarei, temerário, mas sem deslumbramento, na defesa daquilo
em que acredito, de “batalha em batalha” com a “Caneta”, eloquente, até
que sejam reconhecidos os direitos desta grande franja da sociedade em
que me incluo, que são os Monárquicos!
Pelo Rei, Pela Monarquia, Por Portugal!
* Membro da Plataforma de Cidadania Monárquica
Sem comentários:
Enviar um comentário