É sabido que Sua Alteza Real, Dom Duarte de Bragança, Herdeiro do Trono de Portugal, Rei de jure
de Portugal, é descendente directo de El-Rei Dom Afonso Henriques,
fundador do Reino. É sabido que, por isso mesmo, descendente da maioria
dos Reis de Portugal, pois rigorosamente sabemos que não é de todos!
Sim, sabemos disto tudo.
Mas que significado tem ser-se
descendente do primeiro Rei de Portugal e de tanta Ilustre Gente que
atravessou gerações e gerações para que chegássemos ao presente?
Não se trata apenas de se ser descendente
de personalidades que fundaram e expandiram Portugal, trata-se do
significado intrínseco da existência de Portugal como Nação emancipada
ao Reino de Leão e Castela, no tempo de Dom Afonso Henriques e
posteriormente com a Restauração, em relação a Espanha unificada. Ter a
História como Herança, é um acumular de experiência histórica
riquíssimo, tanto para o bem, como para o mal. É um facto, que nem toda a
História da Monarquia Portuguesa foi brilhante. Portugal sofreu sérios
desastres nacionais também nesse tempo. E no entanto, foi o período mais
extraordinário de toda a nossa História. Portugal fundou-se na
Monarquia, expandiu-se, consolidou-se, projectou a Lusofonia, e os
alicerces fundamentais de um Estado de Direito, em Monarquia. Foram 8
séculos de venturas e desventuras, mas como digo, um imenso acumular de
experiência, à qual, os Portugueses devem recorrer, para aprender a
resolver os seus problemas actuais com elevação e sentido cívico.
Vivemos dias atrozes, de enorme angústia.
Na nossa História, passámos inúmeras vezes por situações semelhantes ou
ainda piores, e no entanto, os nossos antepassados, foram capazes de se
unirem e de erguerem-se, muitas vezes, procurando soluções que, na
maioria dos casos, nos trouxeram dias melhores.
Uma Nação com estes séculos de História,
como Portugal, é bem mais do que um simples adjectivo (República
Portuguesa); tendo a História como Herança, trata-se de um Reino que se
quer restaurado, reerguido, para proveito da res publica dos Portugueses.
Muitos Povos, com uma História tão ou
mais antiga que a nossa, foram capazes de manter uma tradição secular,
ligada à Instituição Real. Outros, actualmente, estão a pensar
seriamente em restaurar suas Monarquias. Numa época, como a que estamos a
viver, com um sentimento de esgotamento e sem perspectivas quanto ao
nosso futuro, é tempo de uma nova Aclamação, aquela que nos trará o
Herdeiro da nossa História, para a Chefia do Estado, e será a melhor
garantia do nosso futuro.
Ter uma Monarquia, não é apenas uma
questão de Hereditariedade. Aliás é bom recordar que todos nós somos uma
consequência de uma Hereditariedade! Não se trata de ter uma Família
Real a liderar o País. Trata-se de ter uma visão a longo prazo, e pensar
que ter um Rei, uma Rainha e uns Infantes Herdeiros, será a partir do
presente, preparar o futuro. A Monarquia garante, além da Democracia,
estabilidade, responsabilidade, patriotismo, sentido de Estado,
transparência na política, e repito mais uma vez, uma res publica com futuro garantido. Se desde o século XVI, os nossos Reis eram considerados os Protectores da República,
então seguramente, teremos na Instituição Real, a melhor protecção do
nosso bem comum. Chamemos pois o Herdeiro da História. Chamemos pois
Aquele que tem a História como Herança. Aclamemos, pois, Dom Duarte de
Bragança!
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