O
regímen republicano mostrou, definitivamente, ter sido superado pelas
suas imperfeições naturais. Desde a sua implantação o republicanismo
português tem mostrado não estar à altura das exigências do País.
Como sustentou Destouches: “Chassez le naturel, il revient au galop –
Expulsai a natureza, ela volta a galope”. São escusados os esforços
impostos em excesso à índole do indivíduo. Inauguraram um regímen
inadequado às idiossincrasias do “Ser Português!”. Analisou o génio de
Fernando Pessoa que «a revolução é só da superfície», e que «a maioria
do país era monárquica (…)». De resto nas últimas eleições realizadas em
Portugal, em 1910, durante a Monarquia, os partidos monárquicos
obtiveram 93% dos votos expressos e Partido Republicano Português 7%.
Atulhados em querelas e sem bom senso para serenar as diferentes
vontades politico-sociais, os “implantadores” não possuíram habilidade
para curar a gestão financeira e reformar a administração do Estado;
antes sim mergulharam o País na guerrilha, na bancarrota e na censura.
Foi este o desfecho esperado e inevitável de uma aparente sacudidela de
ideias. Volvidos estes anos todos, de equívoco republicano, o regime
implodiu!
O regime político afastou-se dos anseios dos cidadãos!
Onde está a Democracia, se nos negam o direito à escolha, pois nunca foi
dado aos Portugueses a liberdade de optar sobre que sistema de governo
pretendem: república ou Monarquia?
Fernando Pessoa, monárquico convicto que sempre evitou colagens ao
regime implantado, em 1910, continuou: «(…) Aqueles portugueses do
futuro, para quem porventura estas páginas encerrem qualquer lição, ou
contenham qualquer esclarecimento, não devem esquecer que elas foram
escritas numa época da Pátria em que havia minguado a estatura nacional
dos homens e falido a panaceia abstracta dos sistemas. (…) Serão, talvez
e oxalá, habitantes de um período mais feliz (…) aqueles que lerem,
aproveitando, estas páginas arrancadas, na mágoa de um presente infeliz,
à saudade imensa de um futuro melhor. (…)», e, «(…) Os partidos
políticos, em determinado país e determinada época, têm todos a mesma
mentalidade, têm todos virtualmente o mesmo grau, pouco ou muito, de
corrupção. (…)»
PESSOA CHEGA, ENTÃO, A CONCLUSÃO:
«O que é preciso, pois, é estabelecer uma fórmula de transição que sirva de declive natural para a MONARQUIA FUTURA, …»
É essa, também, a nossa percepção: a Restauração da Monarquia. Não se
pretende um regresso ao passado, mas pretendemos que o futuro seja
construído com base em concepções contemporâneas. Os pilares de uma nova
Monarquia assentarão em premissas de exercício do poder real adequados à
realidade em que vivemos. O regímen a concretizar terá a árdua tarefa,
como na renda de bilros, de tecer a obra final: uma verdadeira
méritocracia em Monarquia, um sistema de governo democrático,
contemporâneo e modelar que é a Monarquia Constitucional Parlamentar.
QUEREMOS DEMOCRACIA EM MONARQUIA!
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