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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FALECEU DOM ANTÓNIO MARCELINO, BISPO EMÉRITO DE AVEIRO

Morreu o bispo que acreditava que "nós valemos muito mais do que julgamos"

Morreu bispo emérito de Aveiro, D. António Marcelino
Estado de saúde de D. António Marcelino, que se encontrava hospitalizado, era "muito delicado".
 
Depois de mais de cinco décadas como padre e bispo, D. António Marcelino decidiu relatar em livro os "desafios e a graça" que a vida lhe proporcionou. Foi em 2011, quando publicou "Pedaços de vida que geram vida". O que viu, sentiu e experimentou trouxe-lhe mais fé no Homem: "Foram vivências de ordem espiritual e humana que mostram que nós valemos muito mais do que julgamos". D. António Marcelino morreu esta quarta-feira no hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, onde se encontrava internado. Tinha 83 anos e era bispo emérito de Aveiro.

"Era um homem alegre, bom comunicador e, pelo menos no início da sua missão episcopal, estava um passo à frente daquilo que se considerava ser um bispo dentro dos padrões mais frequentes", afirma o director do secretariado nacional das comunicações sociais, cónego João Aguiar Campos.

"Mesmo depois de ser bispo de Aveiro, não deixou de intervir na comunicação social, onde tinha uma presença semanal e sempre com opiniões que mereciam toda a atenção", acrescenta o cónego João Aguiar Campos, que é também presidente do conselho de gerência do Grupo Renascença Comunicação Multimédia.

"Pedaços de vida que geram vida", o livro que D. António Marcelino lançou em 2011, surgiu com uma descrição da obra assinada pelo próprio, porque "há acontecimentos e situações que vivemos mas que não nos pertencem só a nós". "Para este livro, escolhi vivências provocadas por gente que passou pela minha vida ou dela fez parte. Por vezes, gente simples e anónima, aquela que julgamos que nada tem para nos dar ou ensinar."

Num artigo publicado no semanário diocesano "Correio do Vouga", a 18 de Setembro de 2013, D. António Marcelino fez o balanço dos seus anos de sacerdócio e deixou uma carta de amor à Diocese de Aveiro. 

"Passaram pela minha vida mudanças sociais e acontecimentos que me foram ensinando a alegrar-me com os que estão alegres e a sofrer com os sofredores. Abriu-se-me um mundo de oportunidades que me estimulam e me empurram. Sou emigrante desde criança. Doze anos na minha terra, outros tantos no seminário, três em Roma, 18 em Portalegre, pouco mais de cinco em Lisboa e há perto de 33 em Aveiro", começou por escrever.

"Mia Couto põe na boca de um ancião africano esta palavra clarividente: 'O importante não é casa onde moramos, mas onde em nós a casa mora'. A minha casa mora é o meu coração. Aí guardo, desde o dia 1 de Fevereiro de 1981, um amor incondicional e irreversível. Este amor chama-se Diocese de Aveiro."

O corpo de D. António Marcelino estará esta quinta-feira na Igreja do Seminário de Aveiro. Às 19h00 é celebrada uma eucaristia e para as 21h30 está marcada uma vigília de oração. O funeral realiza-se na sexta-feira à tarde no cemitério central de Aveiro, depois de uma eucaristia solene na Sé da cidade.

O percurso na Igreja


Natural da Lousa, D. António Marcelino foi ordenado presbítero em Junho de 1955. Partiu para Roma no fim de Setembro do mesmo ano e fez o curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana. Licenciou-se em 1957, fez no ano seguinte o currículo para o doutoramento, frequentou o curso de ciências pastorais e fez ainda um curso de cinema e outro de acção católica.

Depois de regressar a Portugal, foi nomeado professor e prefeito dos alunos de Teologia no Seminário Maior de Portalegre. Em Julho de 1975, o Papa Paulo VI apontou D. António Marcelino para bispo auxiliar de Lisboa. A ordenação episcopal, conduzida por D. António Ribeiro, então Cardeal Patriarca de Lisboa, decorreu na Sé de Portalegre a 21 de Setembro de 1975.

D. António Marcelino deu aulas na Universidade Católica de Lisboa, no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas do Porto e foi director do Secretariado Nacional Pastoral. Em Setembro de 1983, foi nomeado bispo coadjutor de Aveiro, sucedendo em 1988 a Manuel de Almeida Trindade como bispo de Aveiro.

Mais tarde, foi presidente das comissões episcopais das Comunicações Sociais, da Acção Social, da Família e do Apostolado dos Leigos. Em Junho de 1999 foi eleito vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e, durante cinco anos, foi delegado da CEP junto das Conferências Episcopais da Europa.

Por ocasião das festas jubilares do seu 70º aniversário e pelos 25 anos de bispo, D. António Marcelino foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, uma das mais altas condecorações do Estado português.

A 4 de Outubro de 2013, o bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos, publicou uma nota no site da diocese em que pedia orações para o seu antecessor, explicando que o estado de saúde de D. António Marcelino era "muito delicado".
 

Bispo de Aveiro recorda "testemunho de irmão" de D. António Marcelino

Declarações de D. António Francisco dos Santos
Funeral de D. António Marcelino, bispo emérito de Aveiro, realiza-se na sexta-feira.
 
D. António Marcelino, que morreu esta quarta-feira, em Aveiro, deixa um “testemunho de irmão”, afirma o Bispo de Aveiro.

“Deixa-nos a todos este belo testemunho de irmão, concretamente a mim, em que me ajudou a iniciar os primeiros passos como seu sucessor no ministério episcopal e seu continuador nesta missão de servir a Igreja como ele tão generosamente serviu”, diz D. António Francisco dos Santos.

D. António Marcelino era bispo emérito de Aveiro e morreu esta quarta-feira, no hospital Infante D. Pedro. Tinha 83 anos.

“Ele tinha como lema episcopal: Dar-me-ei  e darei tudo o que é meu para vossa salvação. Foi isso que ele viveu como cristão, como sacerdote na sua diocese de Portalegre, depois como bispo auxiliar na Patriarcado, desde 1981 como bispo coadjutor e desde 1988 como bispo de Aveiro”, sublinha D. António Francisco dos Santos.

O corpo de D. António Marcelino estará esta quinta-feira na Igreja do Seminário de Aveiro. Às 19h00 é celebrada uma eucaristia e para as 21h30 está marcada uma vigília de oração.

O funeral realiza-se na sexta-feira à tarde no cemitério central de Aveiro, depois de uma eucaristia solene na Sé da cidade.
 Rádio Renascença

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