A VERDADEIRA UNIVERSIDADE

Foi exactamente na educação que o liberalismo mais atacou, no sentido de moldar os jovens à sua ideologia. Fê-lo sem quaisquer constrangimentos, fazendo-lhes crer que o caminho era o do homem abstracto, do individualismo, do estado laico, da partidocracia e da massificação da sociedade.

 

A verdadeira Universidade, na sua essência e pela sua própria natureza, era livre e funcionava em regime de auto-gestão, não no sentido ideológico que nos domina, reduzido a um triste axioma moderno que desvincula animalescamente o homem de todo o referente moral, transcendente ou de autoridade.
 

Segundo a razão verdadeira, a liberdade e a auto-gestão universitária representavam o mesmo que faziam os diversos corpos que formavam a sociedade tradicional, a autarquia e as liberdades concretas sem mediatizações políticas nem económicas, como as que hoje encontramos, mais do que em qualquer outro período autocrático da nossa História.
 

As liberdades tradicionais eram liberdades objectivas, tinham não só carácter territorial, mas também possuíam uma grande dimensão social e corporativa.
 

Há quem apele, nos dias de hoje, aos "direitos históricos" para defender os seus caciquismos locais ou regionais, mas agem no mais criticável desprezo por esses mesmos direitos, pois a única coisa que fazem é fomentar a intromissão do Estado na vida das sociedades e dos corpos intermédios. Entre estes está a Universidade onde o liberalismo encontrou um terreno favorável e fez dela um instrumento de doutrinação ideológica de primeira ordem.
 

O Tradicionalismo defende o único modelo possível de Universidade: a Universidade Tradicional, dos conhecimentos e saberes autênticos e gratuitos, da verdadeira liberdade universitária e dos Foros Universitários.

Guilherme Koehler

Publicado no grupo A MONARQUIA SEM TABUS (Nem correntes, Nem mordaças)

 

Raquel Sá Lemos Guedes