A Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor é constituída por uma liturgia
austera e sóbria. O centro da celebração é uma «sinaxis» (assembleia
litúrgica) não eucarística que na liturgia antiga se chamava «missa dos
presantificados». Os paramentos são vermelhos e a liturgia desenvolve-se
em três momentos – a liturgia da Palavra, com a leitura do IV cântico
do poema do Servo de Deus (Is. 52, 13), a carta aos Hebreus com a
passagem do Sumo Sacerdote «causa de salvação para os que lhe obedecem»
(Heb. 4, 14), e a Paixão segundo São João, o teólogo místico que vê na
cruz a exaltação de Cristo. Às leituras segue-se a oração universal; - a
adoração da cruz com a antífona de origem bizantina «adoramos Senhor a
vossa cruz… pelo madeiro veio a alegria a todo o mundo» e os impropérios
nos quais Jesus reprova a ingratidão do seu povo; - a comunhão com o
Pão eucarístico consagrado na tarde de quinta feira santa. A piedade
popular gosta de participar na procissão do Enterro do Senhor e
comove-se com a presença da Senhora da Soledade acompanhando o seu Filho
morto.
A Sexta-feira é um dia de intenso luto e dor mas iluminado pela esperança cristã. A devoção à Paixão do Senhor está fortemente arreigada na piedade cristã. A peregrina Eteria, ao descrever as cerimónias em Jerusalém, por volta do ano 400, diz: «dificilmente podeis acreditar que toda a gente, velhos e jovens, chorem durante essas três horas, pensando no muito que o Senhor sofreu por nós».
A Sexta-feira é um dia de intenso luto e dor mas iluminado pela esperança cristã. A devoção à Paixão do Senhor está fortemente arreigada na piedade cristã. A peregrina Eteria, ao descrever as cerimónias em Jerusalém, por volta do ano 400, diz: «dificilmente podeis acreditar que toda a gente, velhos e jovens, chorem durante essas três horas, pensando no muito que o Senhor sofreu por nós».
A
Igreja apresenta grande austeridade, nada distrai o nosso olhar do altar
e da cruz, o povo cristão fica vigilante junto à cruz do Senhor e da
Virgem da Soledade.
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