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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

"OS LUSÍADAS" CONTADOS ÀS CRIANÇAS E LEMBRADOS AO POVO

I


COMEÇA A VIAGEM


Era uma vez um povo de marinheiros e de heróis, o povo português, o nosso povo, que já lá vão muitos anos – mais de quatrocentos – quis descobrir o caminho marítimo para a Índia. A Índia aparecia então, aos olhos de todos os Europeus, como terra esplendor e riqueza, que todos os homens desejam, mas onde era difícil, quase impossível chegar.


Quatros pequenos navios, - tão pequenos sobre o imenso, ignorado Oceano! – quatro naus comandadas pelo grande capitão Vasco da Gama, lançaram-se através do Atlântico, só conhecido até ao Cabo da Boa Esperança, dobraram esse Cabo e puseram-se de vale para a região que demandavam,


O vento era brando, o mar sereno. Até então a viagem correra sossegada. Mas os perigos seriam constantes, a travessia arriscada, a viagem longa. E ninguém sabia ao certo o rumo a seguir, pois nunca outra gente se atrevera sequer a tentar tão comprida e custosa navegação.


Só a coragem e a audácia dos Portugueses seria capaz da proeza heróica!


Iam os barcos já na costa de Moçambique, rápidos, entre a branca espuma das ondas.


A Índia estava longe.


Mas o caminho para alcançá-la era aquele, diziam os sábios e marinheiros. – e decerto lá chegariam Vasco da Gama e os seus marujos, se o vento e o mar lhes fossem favoráveis e, sobretudo, se a coragem os não abandonasse.


Ai deles, porém!


Sempre que um povo ou um homem tenta desvendar e conhecer paragens até então ignotas, ou realizar um acto nobre e grande, parece que as forças da Natureza, ou a inveja dos outros homens, tudo fazem para os não deixar vencer …


Iam senti-lo e sabê-lo bem os nossos temerários antepassados!


E antes de senti-lo e sabê-lo – já os deuses ou forças, que vivem nas coisas e nas almas, discutiam se sim ou não os deviam deixar triunfar.


Júpiter, que era o Deus dos Deuses, senhor do Mundo; Vénus, filha de Júpiter, Deusa do Amor e da Ternura; Baco, o Deus da Folia e do Vinho; Marte, o Deus da Guerra; Apolo, o Deus da Luz e do Calor; e Neptuno, o Deus do Mar, Juntaram-se todos para resolver se dariam ou não auxílio aos Portugueses.


Basta que Júpiter desencadeasse um grande temporal sobre as frágeis embarcações, para que um naufrágio as engolisse logo e, com elas, os tripulantes e o próprio Vasco da Gama …


Era isto o que nem Vénus nem Marte – amigos dos Portugueses, que são, como ambos esses Deuses, afectuosos e valentes – de maneira alguma queriam.


Mas Baco – sempre tonto e mau, que tivera outrora grande poder na Índia e receava que os Portugueses, conquistando-a, até a lembrança do seu reinado de lá afastassem – Baco preparava-se para os inquietar, desanimando a lusa energia com toda a espécie de maldade e perfídias.


No palácio luminoso, perto das estrelas, em que habitualmente se reuniam – grande conversa e discussão houve entre os Deuses a propósito dos nossos Portugueses e da melhor decisão a tomar sobre o destino das suas naus….


(João Barros)

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