O prestígio da Monarquia ,o enigma que ilude a demagogia e promove a soberania do povo
Porque é a Rainha Isabel II é tão admirada no mundo, mundo esse imerso na sua imensa maioria, em Republicas?
No magazine da intelligenzia socialista francesa “Le Nouvel
Observateur”, Stéphane Bern assumiu essa árdua tarefa chegando a
conclusões inesperadas .
Bern lembra o sagaz comentário de um dos maiores apoiantes de D. Miguel I de Portugal, o príncipe de Metternich: “a verdadeira obra mestra consiste em durar”.
Príncipe
de Metternich: Após a queda de Napoleão, apoiou vigorosamente a
restauração da dinastia dos Bourbon em França, e foi um dos mais
distintos apoiantes da reconquista absolutista em Portugal, por D.
Miguel, opondo-se vivamente ao governo liberalista, após o retorno deste
ao poder português. Presidiu o Congresso de Viena, tendo influenciado
profundamente as decisões tomadas neste.
O Exemplo Inglês
E enquanto os chefes das Repúblicas fogem de tudo o que soe a
consulta popular por medo de serem banidos dos cargos ou frustrados nas
suas políticas, a Rainha da Inglaterra comemora seis décadas envolta
numa aureola de prestigio que assume o seu papel simbólico e moral.
Isabel II não retirou a sua legitimidade de uma qualquer concorrência
democrática ou de uma revolta. Pelo contrário, a História, o berço, a
elevaram sobre um pedestal acima de todos os partidos e interesses
particulares.
Tal como a soberana inglesa,os Reis e rainhas da velha Europa
encarnam a identidade nacional nestes tempos de crise a identidade
nacional que a nova Europa ameaça lhes tirar.
Na França, velhos nacionalistas, republicanos esclerosados e
socialistas ainda penetrados do espírito do Terror de 1794, mordem os
lábios de inveja, vendo os britânicos mantendo alta a ideia de serem uma
grande potência mundial porque conservam seu mais alto e altaneiro
símbolo hierárquico: Isabel II, pela graça de Deus rainha de
Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, do Canadá e da Austrália, da Nova
Zelândia e de um total de 16 Estados independentes, chefe da
Commonwealth que reúne 54 Estados e por volta de dois mil milhões de fieis e
leais sujeitos.
Ela não governa, os poderes executivos foram tirados da
Coroa, mas com 86 anos, ela influencia muito mais do que qualquer
governante. Ela é um ícone fora do tempo, explica Bern, que se burla das
modas, uma figura materna e protectora, uma espécie de mãe benfeitora da
nação que permite ao povo acreditar sempre num destino fora do comum,o que permite à nação atravessar todas as provas sem perder sua identidade nem sua dimensão moral.
As ideologias, os partidos, os jogos de interesses mudaram sem
cessar, mas ela encarnou sem desfalecimento a continuidade, a identidade
e a unidade nacional.
As leis do reino a reduzem-na ao mero papel de “ser
consultada, encorajar e advertir”. Porém, observa Bern, seu poder é
muito superior ao das instituições: ela encarna profundamente a
Inglaterra que ama seus cavalos e o campo, porque ela vibra ao uníssono
com seu povo.
“O essencial de seu trabalho não é tanto presidir as cerimónias
oficiais, mas a de preservar a mística da monarquia, conclui Bern,
E explicou: “há 60 anos, Elizabeth jogou pela janela todas aquelas micro-glórias que nós conhecemos por pequenos prazeres da vida. (…) aos
25 anos, a idade que tinha quando ascendeu ao trono, deve ter sido duro
abdicar de certos deleites”.
Adoro o meu pais, respeito todos as ideias, mas sinceramente acredito que a monarquia além de elitista (porque o que fazem todos os reis, príncipes, duques, e porque possuem tantos palácios e regalias...), é uma forma arcaica e antiquada de governação. E não acredito que a liderança deva ser tomada de uma forma geracional. A isso chama-se ditadura, são sempre os mesmos no poder... E retira o pouco poder que a população ainda tem.
ResponderEliminarViva Portugal!