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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

D. MIGUEL I, PELO PROF. JOAQUIM VERÍSSIMO SERRÃO

«A própria valorização do interior de África, a partir de 1850, teria dado outros frutos, se dirigida por um «liberal à inglesa» como o Senhor D. Miguel. O futuro de Portugal, depois da independência do Brasil, assentava em África. (…)É um acto de coragem, sem dúvida, querer que o País mantenha a sua linha tradicional.»

«Se D. Miguel tem respeitado a Carta Constitucional, se não tem obrigado D. Pedro a vir à Europa sustentar os direitos de D. Maria da Glória, a solução da crise portuguesa estava, em termos de equilíbrio político, encontrada. D. Miguel tomava conta do governo em idade própria e assegurava a descendência. Ter-se-iam evitado as guerras civis, o exílio de muitos liberais e depois o seu regresso com os inúmeros saques e atentados a tudo quanto a tradição conservara. Porque nós sabemos, no fundo, o que são estes movimentos que aparecem, com o seu cortejo de ódios, para regenerar o passado de um país. Entre os 7500 homens do Mindelo, muitos deles «bravos» e dignos, veio também a escória, que só pensou em lançar mão de tudo quanto pôde, dos bens do Estado, dos particulares, dos conventos, e em erradicar pela violência a ordem velha.

A própria valorização do interior de África, a partir de 1850, teria dado outros frutos, se dirigida por um «liberal à inglesa» como o Senhor D. Miguel. O futuro de Portugal, depois da independência do Brasil, assentava em África, como o provou a fixação de muitos núcleos humanos e as viagens que ali fizeram Serpa Pinto, Capelo e Ivens, e outros viajantes. Se uma grande comunidade se tivesse estabelecido em África com outra vinculação e arreigamento, mantendo em frente do Brasil um imperador português, essa realidade não seria fácil de atingir na sua essência, como depois se verificou. De resto, D. Miguel dificilmente poderia triunfar sobre o condicionalismo existente na Europa em 1828. É um acto de coragem, sem dúvida, querer que o País mantenha a sua linha tradicional. Mas naquele contexto, sem o apoio da França e da Inglaterra, apoio esse que justamente D. Pedro veio pedir e conseguiu na Europa, a realeza de D. Miguel não podia subsistir.

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