A
Monarquia não pode depender de outras instituições superiores para
conseguir atingir a sua função de autoridade sobre a comunidade
política. A sua posição deve ser de supremacia, de superioridade
hierárquica sobre todas as instituições políticas da Nação. É pedra
fundamental do arco, só ela o pode completar, como tal não pode ocupar o
lugar das que lógica e cronologicamente apareceram depois dela.
Assim, nenhuma outra instituição pode estar acima da Monarquia, nem esta
pode obedecer a nenhuma outra autoridade temporal. Se assim for como
pode esperar-se que desempenhe a sua função de coordenação, de direcção e
de governo efectivo de uma maneira justa e imparcial?
As constituições ao aceitarem o princípio da soberania popular, subvertem a Monarquia fazendo com que a legitimidade do Rei dependa
do Parlamento, convertendo-o no verdadeiro "rei". Este novo monarca de
muitas cabeças, mantendo um rei nominal como "figura simbólica",
converte a antiga supremacia real na moderna soberania parlamentar: um
poder limitado na teoria, mas tirânico na prática. Além disso, ao acabar
com a supremacia do Rei, legitimando a sua existência na "decisão
constituinte", acabam por destruir também o seu poder de governo: porque
razão iam delegá-lo noutro se o possuem?
As antigas Monarquias
que aceitaram a soberania popular nos séculos XIX e XX, inicialmente
conservando amplos poderes, entregaram a sua autonomia e acabaram
degenerando em figuras vazias de poder e de significado.
Podemos com toda a propriedade chamar-lhes Repúblicas Coroadas!
in 'Firmus et Rusticus'
(Publicado por Guilherme Koehler)
A
Monarquia não pode depender de outras instituições superiores para
conseguir atingir a sua função de autoridade sobre a comunidade
política. A sua posição deve ser de supremacia, de superioridade
hierárquica sobre todas as instituições políticas da Nação. É pedra
fundamental do arco, só ela o pode completar, como tal não pode ocupar o
lugar das que lógica e cronologicamente apareceram depois dela.
Assim, nenhuma outra instituição pode estar acima da Monarquia, nem esta pode obedecer a nenhuma outra autoridade temporal. Se assim for como pode esperar-se que desempenhe a sua função de coordenação, de direcção e de governo efectivo de uma maneira justa e imparcial?
As constituições ao aceitarem o princípio da soberania popular, subvertem a Monarquia fazendo com que a legitimidade do Rei dependa
do Parlamento, convertendo-o no verdadeiro "rei". Este novo monarca de
muitas cabeças, mantendo um rei nominal como "figura simbólica",
converte a antiga supremacia real na moderna soberania parlamentar: um
poder limitado na teoria, mas tirânico na prática. Além disso, ao acabar
com a supremacia do Rei, legitimando a sua existência na "decisão
constituinte", acabam por destruir também o seu poder de governo: porque
razão iam delegá-lo noutro se o possuem?
As antigas Monarquias que aceitaram a soberania popular nos séculos XIX e XX, inicialmente conservando amplos poderes, entregaram a sua autonomia e acabaram degenerando em figuras vazias de poder e de significado.
Podemos com toda a propriedade chamar-lhes Repúblicas Coroadas!
in 'Firmus et Rusticus'
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