Num estado calamitoso, talvez comatoso, do actual regime em que
vivemos, “nós” os monárquicos temos novidades? Ou apenas observamos e
aguardamos, como sempre pela oportunidade que nunca chega?
Quais as acções previstas para breve, para a divulgação do
ideário monárquico, em Portugal e, por consequência disto, a almejada
restauração da monarquia?
Perante uma extensa lista de questões que poderia enunciar,
para uma profunda e efectiva reflexão, ocorreu-me colocar um cenário
óbvio, que em diversas ocasiões o coloquei, em tertúlias de amigos,
jantares, reuniões, onde estavam presentes monárquicos e não
monárquicos.
A questão é muito simples: COMO SERIA O DIA SEGUINTE APÓS UMA VITÓRIA EM REFERENDO?
- Estaríamos preparados para uma vitória em referendo?
- O trabalho de casa estaria feito?
- O que mudaria em Portugal? Qual seria o Projecto Nacional a
apresentar a Portugal? Qual o caminho que todos teríamos que percorrer?
- Mesmo as questões aparentemente simples, estarão pensadas?
- A Bandeira;
- O Hino;
- Eleição dos Órgãos do Estado / Coroa: Procurador-Geral, Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal;
- A Nova Constituição e
o Parlamento: Quantas Câmaras? Quantos deputados, e forma electiva dos
mesmos? A Ética e Responsabilidade Política;
- A Justiça;
- As Forças Armadas;
- O Ordenamento do Território, Agricultura, Florestas, Pescas, Indústria, etc.;
- A Cultura;
- O Turismo;
- A Diplomacia;
- Etc….,
Não poderá existir um regime alternativo a uma IV República,
sem respostas a um universo de questões, onde a visão do Estado terá que
ser obrigatoriamente diferente e, para melhor, no mais alto interesse
de Portugal. Só assim, poderemos ter a necessária visibilidade e impacto
na sociedade.
Actualmente existe uma janela de oportunidade que se abre para
um futuro, depois do dia 15 de Setembro de 2012, nada será como dantes…
Os portugueses saberão o que é a Monarquia, como regime e, as suas vantagens?
Existem políticas de imagem e comunicação? Se existem, quais são?
Existem acções concertadas entre os diversos órgãos monárquicos
independentes, com a Causa Real? Quais as relações com a sociedade
civil e diversos movimentos que estão a surgir? Se não existem, deveriam
existir, pois, como, muitos afirmam, o caminho a percorrer é longo, mas
não deverá ficar ninguém para trás e esquecido.
Identificamo-nos através da Bandeira azul e branca da Carta
Constitucional. Os portugueses identificam-se com esta Bandeira,
escolhendo-a como mais apelativa, independentemente de serem monárquicos
ou não monárquicos. Não será uma mais-valia?
Temos aparecido nos últimos grandes eventos nacionais, onde se
apela ao mais elevado sentimento patriótico, ditos de “adesão popular”?
Segurar uma Bandeira e aparecer, não deverá constituir receio, ou
“vergonha” de estar com o Povo.
Onde estão os monárquicos na sociedade visível? Onde estão os
“rostos” na comunicação social, figuras politicas, comentadores, pessoas
do desporto, que possam contribuir? (será escusado, dizer porquê…)
Não seria interessante a criação de centros de estudos, no
intuito da realização de trabalhos de pesquisa histórica e de
complementaridade nos eventos de cariz monárquico?
Almejar a divulgação da imagem Real de Portugal, no seu
carácter nacional e patriótico, com o sentido máximo de mobilização dos
portugueses, para a acção comum e colectiva, através de modelos
económicos e sociais, consentâneos com os desígnios nacionais impressos
no ideário monárquico…é uma obrigação para o DIA SEGUINTE.
A realidade efectiva à história e ao seu legado como Nação, não
poderá ser continuamente deturpada e ocultada aos portugueses, conforme
o regime, e ficar à mercê de interesses estranhos à sua natureza,
sensibilidade e veracidade. Qual será a nossa Real vocação de missão?
A Lusofonia, como desenvolvimento de meta fundamental do nosso
futuro e interacção com a Europa, colocará Portugal como eixo
fundamental de interesses – procurando, deste modo, o reencontro dos
povos que partilham a mesma língua.
Perante o quadro político actual, a monarquia moderna, que
defendo, é uma alternativa capaz e possível, porque ante a escolha do
que temos, os portugueses escolherão a solução da verdade, que consiga
aglutinar e apontar para um futuro de patriótico de salvação nacional e
de esperança. Os portugueses têm a infinita obrigação de serem
consultados – os políticos não poderão continuamente adiar o inevitável:
UMA VONTADE POPULAR.
Onde afinal…estará a verdadeira democracia?
Quero acreditar que existirá UM DIA SEGUINTE.
Porto, 19 de Setembro de 2012
José António Peres da Silva Bastos
Esse dia vai chegar. Depois, as competências que temos junto de S.A.R. Dom Duarte, vão surgir, porque a inteligência dos homens e do seu Real Chefe, saberão coordenar as necessidades do País e do seu povo.
ResponderEliminarEdite Cecília Rodrigues