Esta Regatta - que se realizou pela primeira vez em 1845 - constituiu uma homenagem prestada pela Família Real Portuguesa aos
fragateiros, arrais, bordas d’Água e todas as gentes ligadas à faina do
Tejo e dos campos do Tejo (varinos, avieiros, gaibéus, entre outros) que
ajudaram na resistência e combate às invasões do Séc. XIX.
Canoas Grandes Algés-Pedrouços, in: Revista Municipal de Lisboa,nº 62,1954 |
Trata-se da única Regatta do MUNDO que todos os anos segue as regras de 1845, constantes do Regulamento.
S.A.R DOM DUARTE DE BRAGANÇA TROUXE DE VOLTA A REAL REGATA DAS CANOAS
SAR Dom Duarte com o Prof. Fernando Carvalho-Rodrigues na Real Regata das Canoas em 2006
Fernando Carvalho-Rodrigues tem uma enorme paixão: o rio Tejo e as
canoas. Este sonha que, um dia, o rio Tejo volte a surgir repleto de
embarcações de vela erguida. Por isso, o nosso cientista é proprietário
de uma canoa típica, de nome "Ana Paula". Desde muito jovem, viveu
sempre numa zona ribeirinha e, todos os dias, ao dirigir-se para o Liceu
Nacional Gil Vicente, que frequentou durante 7 anos, contemplava sempre
que podia o rio e as respectivas fragatas e canoas com a vela
desfraldada.
O investigador está empenhado em recuperar uma memória com mais de 50
anos... Este desafio lançado por SAR Dom Duarte Pio, Duque de Bragança,
consiste em trazer de volta a Real Regata de Canoas, que se realizava a 4
de Outubro, de acordo com um regulamento de 1854.
Organizada pelo Centro Náutico Moitense, a Real Regata das Canoas do
Tejo fez reviver tempos de animação, cor e alegria que outrora se viviam
no grande estuário do Tejo.
O Centro Náutico Moitense retomou
uma tradição secular que animava o rio Tejo no mês de Outubro. Trata-se
da Regata Real das Canoas, que, no dia 5 de Outubro leva ao rio perto
de meia centena daquelas embarcações tradicionais.
A iniciativa surgiu de um desafio feito por SAR O Sr. Dom Duarte,
Duque de Bragança, que presidiu à sessão solene das comemorações do 25º
aniversário do Centro Náutico Moitense, em 2005, e que, na ocasião,
sugeriu que se restaurasse a tradição da Regata Real, uma vez que, pela
acção, do centro náutico, o número de canoas que hoje navegam no Tejo
aumentou substancialmente.
O Centro Náutico aceitou o desafio, e entendeu alterar a data de
realização da regata do dia 4 para o dia 5 de Outubro, por ser feriado e
assim ter a possibilidade de uma maior participação das tripulações
das canoas, num percurso entre a Moita, Belém, Pedrouços e regresso à
Moita.
O professor Carvalho Rodrigues, vogal da direcção do Centro Náutico
Moitense e um dos responsáveis pela organização deste evento, declara
que “o entusiasmo do Centro Náutico Moitense na recuperação das
embarcações tradicionais do Tejo está patente na construção de novas
canoas e na manutenção do Museu Vivo das Canoas Típicas do Tejo,
projecto para o qual muito contribui a realização deste tipo de
iniciativas que atrai muita gente e divulga o trabalho da instituição”.
Recorde-se que, fundado em 1980, o Centro Náutico Moitense nasceu com o
grande objectivo de fazer crescer entre a população o gosto pelo rio,
promovendo a preservação das embarcações típicas.
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Fonte: Gazeta de Miraflores
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