Uma das lições básicas das Ciências
Sociais, pela qual passa em grande medida a refutação do cientismo, é a
de que a realidade social não é um laboratório, ou seja, não é possível
utilizar o método experimental, pelo que não se pode decalcar o método científico das Ciências Naturais.
Claro que a Ciência Política não foge à regra. Mas eu estou em crer que
esta lição está cada vez mais desactualizada. Possivelmente,
tratar-se-á de uma inovação realizada pela Relvas School of Political Science. Que
o diga António Borges. Mas deixando de lado a hipótese de os cientistas
políticos poderem ver-se na iminência de terem que rever os seus
métodos de análise, o que fica mesmo da abordagem experimental à praxis
política, operada nos últimos dias a respeito da privatização da RTP, é
um amadorismo sofrível. Eu preferia manter intacta a lição e que
fôssemos poupados a trapalhadas que os spinners de serviço na
blogosfera e no Facebook lá vão tentando disfarçar - mal, porque
amadoramente, o que não deixa de estar em sintonia com o governo.
Infelizmente, os politiqueiros parecem preferir a opção contrária.
publicado por Samuel de Paiva Pires em Estado Sentido
publicado por Pedro Quartin Graça em Estado Sentido
A conhecida faixa, originalmente surgida na Volta à França em bicicleta, "Vai
estudar ó Relvas” acolheu o ministro Miguel Relvas na sua chegada à
distante paragem de Dili, em Timor-Leste, de acordo com a divulgação
hoje feita pelo jornal PÚBLICO.
A mesma terá sido colocada por volta das 20h de terça-feira (12h de
Lisboa) numa das paredes do Hotel Timor, a melhor unidade hoteleira de
Díli, que fica bem no centro da cidade e onde estão instalados alguns
membros da comitiva que acompanha Miguel Relvas na visita oficial. Já o
ministro está instalado na residência do embaixador de Portugal.
As fontes contactadas pelo PÚBLICO
dizem que a partir do momento em que a faixa foi colocada se verificou
uma romaria de alguns dos muitos portugueses que vivem em Díli, que ali
ficaram a fotografar a mensagem. Algumas dessas imagens já circulam em
páginas da rede social Facebook.
A Polícia Nacional de Timor-Leste foi chamada ao local, mas não tomou nenhuma iniciativa por não haver nenhuma queixa formal.
Um ministro conhecido em todo o mundo, é o mínimo que se pode dizer.
publicado por Pedro Quartin Graça em Estado Sentido
Sem comentários:
Enviar um comentário