Um dos pontos
fundamentais do nosso programa, tão fundamental como o do poder pessoal
do Rei, é o revigoramento da fé católica esmorecida; o prestígio moral
da Igreja a restabelecer para que a Pátria, criada moralmente por ela,
como politicamente o foi pela Monarquia, possa encontrar nessas duas
grandes instituições revigoradas e adaptadas à nossa época energias
novas para ressuscitar, viver e progredir. À Igreja devemos as ordens
religiosas e militares que ajudaram a conquista e a cristianização da
terra; devemos-lhe a Inquisição, que nos livrou da reinvasão do perigo
judaico, que hoje assoberba todos os governos e colabora em todos os
motins; devemos-lhe as missões ultramarinas, sobretudo essa admirável
Companhia de Jesus, que tanto se opôs à empresa de África, tarde e a más
horas empreendida e com a qual só Castela aproveitou, essa
portuguesíssima Companhia de Jesus que, durante a ocupação castelhana,
soube manter o culto da língua e da pátria sempre vivo, lá longe, no
império ultramarino em decomposição; devemos-lhe, finalmente, à Igreja
Católica, o espírito de resistência anti-maçónico que até à última
defendeu a Pátria, de 28 a 36 dos assaltos repetidos de maus
portugueses, de gorra com maus estrangeiros, que, vencendo por fim, nos
conduziram à apagada e vil tristeza dos nossos dias. Uma ou outra
excepção de carácter pessoal, mesmo entre o alto clero, não pode
diminuir a obra extraordinária da resistência católica ao maçonismo
invasor.
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