Para serem
legítimas as bases da Democracia, seria indispensável que existissem a
Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade, cuja célebre trilogia a
Revolução Francesa escolheu para lema.
São os homens
iguais? Ninguém ousará afirmá-lo. Uns, são mais fortes, mais
trabalhadores, mais económicos, mais inteligentes que outros. Decretar a
igualdade absoluta, é esquecer uma inflexível lei natural – que
justifica as aspirações de todos os que se querem distinguir, conquistar
um nome, uma fortuna, uma posição de comando.
Liberdade
absoluta – não há, também, entre os homens. Presos às cadeias
familiares, às dependências sociais, às regras morais que adoptaram, às
carreiras que escolheram – os homens não são nunca inteiramente livres,
nem podem sê-lo.
Quanto à
Fraternidade, olhe-se a História, desde o início do mundo; descobre-se
uma sucessão de lutas, de crimes, de conflitos... A Fraternidade é uma
bela aspiração. Nada mais.
Logo, a Democracia, supondo a Igualdade, a Liberdade, a Fraternidade – é uma quimera.
João Ameal in «Integralismo Lusitano - Estudos Portugueses».
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