♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

♔ | VIVA A FAMÍLIA REAL PORTUGUESA! | ♔

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 22 de maio de 2012

"A LIBERDADE E EL-REI" POR HENRIQUE BARRILARO RUAS

"Com os vínculos de que é prisioneiro, modela El-Rei a liberdade de todos. O seu poder é essencialmente libertador. Nele, a natureza humana está cativa, para que nos outros homens esteja livre. Libertador da natureza, é às liberdades naturais que El-Rei se sacrifica; não à entidade metafísica que um Humanismo unilateral imaginou. Deus suscitou El-Rei para servir os homens; não para servir ideias.

Quatro aspectos se podem considerar no serviço político (ou poder político) que El-Rei desempenha, quando encarado sob o ângulo da liberdade:

a)  Defende cada indivíduo ou cada colectividade das abusivas intromissões alheias; está nisto o que legitimamente se pode chamar o poder moderador de El-Rei: o Rei exerce o «poder moderador» na medida em que limita ao seu âmbito próprio os poderes natura...is dos indivíduos e da sociedade, integrando-os na unidade política da Nação. Aspecto negativo, nem por isso deixa de ser fecundo.

b)  Por acções negativas e positivas, é próprio do poder real garantir a cada indivíduo ou comunidade uma existência conforme com a sua própria essência. Aqui se manifesta em supremo grau a vocação de El-Rei para libertador da natureza.

c)  Pela sua segunda natureza, que é o cuidado político, El-Rei dispensa do zelo geral os homens e as sociedades. Todos devem dar para o Bem Comum a sua quota-parte. Todos devem ter o Bem Comum como a suprema regra natural. Bem certamente! Mas o Rei lá está, em nome de todos; substituindo, aos cuidados políticos dos outros (que, por mais constantes, serão sempre acidentais), o seu cuidado político substancial, que é o seu modo de ser enquanto Rei. É como participantes do poder real que os participantes hão-de participar do cuidado político, do zelo geral.

A El-Rei compete escolher os súbditos, não aos súbditos escolher El-Rei. Mas essa escolha é a dos que em união com ele devem ser, na esfera política, os promotores do Bem Comum. Nos seus planos próprios, indivíduos, famílias, corporações, municípios, rasgam entretanto os seus caminhos, escolhem democraticamente os que entre si conhecem como melhores, vivem a sua vida... Porque El-Rei se consagrou ao Bem Comum, todos podem consagrar-se aos bens particulares. E de tudo resulta a harmonia da Nação.

d)  Livra a Nação do caos sempre possível dos poderes desencontrados, fortalece-a, defende-a, enobrece-a. E, assim, não apenas torna possível, mas realiza, a aspiração essencial de qualquer nacionalidade: a independência. É esta, mais que todas, a função real: dar à Nação a existência que a sua essência pede: a existência política. A Nação é o Reino."

in "A liberdade e El-Rei", Henrique Barrilaro Ruas

Sem comentários:

Enviar um comentário