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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 14 de abril de 2012

MONARQUIA: O IDEAL AINDA REINA NO CORAÇÃO DE ALGUNS JOVENS

Por Liliana Pinho – up090719049@letras.up.pt

São discretos e reservados, mas andam por aí. Até agora, são cerca de 15 os jovens monárquicos agregados ao Centro Monárquico do Porto, que está a completar um ano. O JPN foi conhecer alguns deles.

Se até há pouco tempo o jovem monárquico era descendente de uma família aristocrática ou ligado, de alguma forma, à causa real, hoje em dia o jovem monárquico é “um jovem como os outros”. Por mais que se acredite que a monarquia “é uma coisa do passado”, são cerca de 15 os jovens agregados ao Centro Monárquico do Porto (CMP), constituído em Março de 2011.

Filipe Neto é aluno de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tem 22 anos e é um dos fundadores do CMP. Filho de mãe monárquica, Filipe deixou-se cativar pelos ideais monárquicos desde muito novo, até começar a mostrar “uma verdadeira preocupação acerca das questões da política e da economia” e perceber que “alguma coisa não estava bem”. “Comecei a ler e comecei a entender que a república, se calhar, não é tão boa quanto pode parecer à primeira vista”, conta.

Filipe Neto
Filipe foi gozado na escola por ter uma ideologia diferente, mas isso não o fez demover a sua posição. “Ainda há muita gente que olha para o monárquico como o indivíduo que, em casa, usa os punhos de renda e as cabeleiras à moda do Marquês de Pombal, o que é completamente ridículo”, afirma. Hoje, continua a acreditar que a monarquia seria uma opção muito mais favorável para o país. Além da estabilidade e prestígio que traria um rei, Filipe acredita que este poderia ser “um contrapeso forte a governos que quisessem fazer aquilo que lhes apetecesse”, explica.

 

Jovens monárquicos querem recuperar “o esplendor que Portugal outrora teve”


Angelina Canelas frequenta a Escola Secundária Eça de Queirós e tem apenas 18 anos. Foi há muito pouco tempo que começou a conhecer melhor a causa, mas já é convicta das suas ideias. “Ninguém na minha família partilha o ideal que possuo, sou monárquica porque simplesmente sou. Creio que já nasci monárquica e, certamente, morrerei monárquica”, garante.

Angelina Canelas
A monarquia fascinou Angelina de tal forma que a jovem de Vila do Conde acredita que este seria uma nova forma de regime muito mais viável. “Não houve mais nenhum momento em que Portugal brilhou. Proclamou a república e, desde aí, declinou gradualmente. Foi, em parte, o que me levou a cimentar esta ligação à monarquia. Fomos ouro quando tivemos Reis e agora somos um mero servo da vontade de outros, somos latão”, afirma. Ao contrário de Filipe, Angelina tem amigos mais compreensivos. Apesar de nenhum deles ser monárquico, compreendem e aceitam tranquilamente a sua escolha. Mas esta parece não ser uma situação comum.

Pedro da Silveira tem 19 anos, provém de uma família com tradição monárquica e identifica-se com este ideal de regime desde pequeno, devido ao “elo de ligação ao passado e à história portuguesa”. O aluno de Geografia da Universidade do Porto diz, no entanto, que a sua escolha não é pacífica entre os seus colegas. “Muitos não compreendem porque também não conhecem”, afirma Pedro. “Eles têm a ideia de um rei déspota a governar sozinho numa sala fechada”, transmitida pela “falta de conhecimento histórico”, conta.


Pedro da Silveira

 

Um regime monárquico em Portugal é possível, “basta querer com muita força”


Manuel Rezende tem 22 anos e também frequenta o curso de História, mas descobriu a monarquia no primeiro ano de Direito, em que se licenciou anteriormente. O que o atraiu foi essencialmente “o facto de, ao contrário de todas as restantes formas de governo, fazer sentido”. “É mais fácil explicar a uma criança o dever de honra, fidelidade e amor a uma figura paternal como o rei do que ensinar o mesmo tipo de sentimentos por um órgão de soberania eleito com determinada regularidade”, explica.

Manuel Rezende
Com uma visão das coisas muito distintas das dos jovens anteriores, Manuel diz que “é mais fácil para um monárquico ter inimigos monárquicos do que amigos monárquicos”, já que acredita que as causas monárquicas “são receptáculos de frustrações e ambições desmedidas de alguns meninos das classes altas”, com os quais não se identifica. Quanto aos restantes colegas, “as reacções não são muito díspares: ou ignoram, ou se opõem”, afirma.

Mas seja qual for a facção, e tal como Manuel, todos acreditam que seja possível, um dia, a instauração de um regime monárquico em Portugal. “Com a propaganda certa, com o apoio do exército e da conjuntura económica tudo se faz. Pode ser instaurado um regime monárquico em Portugal com o acordo das restantes potências mundiais, basta querer e querer com muita força”, diz Manuel.

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