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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quarta-feira, 21 de março de 2012

“GUERRAS DE ALECRIM E MANJERONA”


Num cenário de paralelismo entre a agonia de um fim de regime de há 102 anos e a actualidade, não existem grandes diferenças, continuam a existir os mesmos vícios, os mesmos desvarios, as mesmas “guerrinhas” de alecrim e manjerona, sem os intervenientes pararem para pensar e começarem a trabalhar.

Tenho, agora a certeza absoluta que é mais fácil, dizer mal uns dos outros, quando o essencial é saber dar as mãos, em prol de um ideal e esquecerem em definitivo as guerras pessoais e os protagonismos bacocos, com sede de intervencionismo desadequado e despropositado.

Temos que olhar para nós próprios, e saber fazer um acto de contrição, também erramos, sabendo igualmente que os outros também erraram.

Caberá, deste modo, assumir uma postura de humildade.

As nossas vitórias, são as vitórias de todos, sem excepção, que deverão ser partilhadas por todos e para todos.

Parece-me ridículo, que continuem a disparar em todas as direcções e ainda não tenham sequer atingido o alvo – já conseguiram, por várias vezes, bater na chapa – são imensos os buracos em torno do alvo principal, mas nenhum disparo, atingiu verdadeiramente o alvo (eu sei, quem é que continua a sorrir, descansada, confortável a observar um grupo de patuscos – caros amigos, também julgo que saberão).

O movimento monárquico, tem tido, fora estas querelas, uma visibilidade que até há uns momentos atrás não tinha – mérito nosso ou demérito do actual regime, é uma questão que deverá ser respondida ou analisada. Quanto a mim, a respostas recairá numa mistura das duas hipóteses.

Os intervenientes do movimento monárquico, identificam-se, através das Reais Associações, como forma legitimada da Causa Real, outros através de um caminho…mais intelectual, mas que também assumem, a legitimação oficial dos organismos instituídos, dos quais fazem também parte, e os que afirmam que através da existência de um partido político, assumem o seu papel de intervenção no actual xadrez partidário, e por fim surgem os que assumem o papel de não alinhados, fazendo a ponte para uma política de proximidade entre a doutrina monárquica e a população portuguesa.

Pois bem…a minha humilde opinião, é que todos têm razão. Não se admirem! É verdade, todos possuem as suas razões.

Isto é, se todos assumirmos os nossos papéis na luta pela causa monárquica, teremos, sem dúvida um movimento monárquico alargado, com vários sentidos de mensagem, ocupando espaços na sociedade civil, de forma a criar ligações de proximidade com o povo. Para isto tudo acontecer, terá que existir concertação, liderança e militância.

Quanto a mim, humilde monárquico, é a única via para restaurar a monarquia em Portugal. Unir aquilo que é impossível unir, criando um desígnio como um propósito.

Não haverá necessidade de se esconderam uns dos outros, quando todos são precisos.

Ser monárquico, não é crime, é ser também e principalmente português.

Não poderão existir donos da monarquia, porque esta pertence ao erário da nosso património histórico, de mais de oitocentos anos.

A Monarquia é Portugal.

Não existe motivo aparente para se refugiarem em querelas que não fazem sentido nenhum, nem conduzem a coisa alguma.

Temos que assumir que uma ideia de um monárquico, pode ser partilhada por todos, no intuito de engrossar essa mesma ideia e dotando-a de conteúdos visíveis de mensagem.

Essa mesma mensagem deve ser partilhada por todos nós, quer nos aspectos individuais de intervenção, quer nos seus aspectos colectivos. Tem que ser unificadora para ser compreendida e ser transmissora de esperança para os portugueses. Se esta não transmitir unidade e força, a esperança que se pretende motivadora, desagrega em vez de unir.

As minhas palavras, tenho a certeza absoluta, são mais umas palavras a juntar a muitas outras, que já foram ditas. Talvez não passem disso mesmo, são apenas mais umas. Pretendem antes de tudo, alertar para o facto de que vivemos momentos únicos no movimento monárquico, que deverão ser aproveitados no imediato, correndo sérios de nunca mais acontecer e adiarmos o que nunca deveria ter sido adiado.

Podem afirmar, que a actual crise será duradoura, eu também concordo, no entanto, alerto para o facto, de a mesma estabilizar, no que concerne à vida de contenção e de restrição a direitos anteriormente ganhos e dados como garantidos, criando deste modo uma filosofia de vida de acomodação ao facto e assumir em definitivo a precariedade da própria crise, e isso, quanto a mim, é um cenário de uma “ditadura democrática”, que restringirá os portugueses na livre escolha.

Por este facto, que poderá ocorrer, a mensagem monárquica terá que ser espalhada, sem condicionalismos e sem constrangimentos.

O nosso denominador comum (de todos os monárquicos) é a própria monarquia, com regime, e acima de tudo, Portugal.

Será difícil assumir o lema: “Servir e não servir-se”, que foi apanágio dos nossos mais ilustres heróis, como foi, por exemplo, Henrique de Paiva – Couceiro? Não residirá aqui, neste ponto, a grande diferença entre o republicanismo com contornos de clientelismo e o monárquico?

Qual será o exemplo, que o português espera de novo?

Não podemos esquecer que Portugal, foi construído penosamente, com sacrifícios, desventuras, amores, guerras, ódios, abnegação, sangue, tristezas e alegrias que são comuns a todos os povos, por este facto, que é a nossa história, imperdivel, não podemos esquecer a memória de nós próprios.

O momento de agora, é nosso.

Quando, recentemente consultei o livro de Rocha Martins, D. Carlos – História do seu Reinado, na página n.º 598, encontrei uma profecia do nosso saudoso Rei, feita ao seu último Presidente de Conselho, que se iria cumprir, mas num terrível e doloroso resgate:

“…um recusando-se a collaborar no governo, contra o que eu desejava e devia esperar; o outro fazendo causa commum nos tumultos da câmara. Chegassem os republicanos ao poder e teriam que recorrer à ditadura.”

Como diria, mais à frente, o próprio Rocha Martins:

“…O sonho sebastiânico dos povos decadentes tornou-se pesadelo. E, na Europa agitada, Portugal intranquilo, entrou na fase convulsa das Nações enfermas que esperam a salvação, muito menos dum raciocinado esforço que num portentoso milagre”.

Portugal tem saudades de ser Portugal.

Temos tido vergonha de o afirmar, por preconceito e muitas vezes por incúria.

A dinâmica impressa na sociedade portuguesa exige de nós, monárquicos, um empenho acrescido.

Aquando do Regicídio, o Jornal “Times”, conglobara o sentimento universal, ao publicar:

“A imprensa republicana glorifica os regicidas e pede amnistia geral para os conspiradores militares e civis; o mundo civilizado observará, provavelmente, que os senhores assassinos é que mandam”.

El-Rei D. Manuel II, iniciou o seu reinado com esta atmosfera. Durou dois anos. Acabou traído e exilado. Foi um Patriota.

Cabe-nos um desígnio de unir-nos, pedido desculpa por alguns antepassados monárquicos, que naquela altura, não souberam cerrar fileiras e proteger Portugal.

Não peço uma união introspectiva, ou seja, cerrar fileiras dentro dos diversos grupos monárquicos, que actualmente existem, falo como é óbvio, da união total das hostes monárquicas, assumindo importância igualitária entre todos.

Uma Causa – Uma União.

Por Portugal.

VIVA O REI.

José Peres Silva Bastos

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