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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

PAIVA COUCEIRO, O LIVRO

Henrique de Paiva Couceiro (à direita) com João de Azevedo Coutinho, aqui em Maio de 1915. Arquivo de Miguel de Paiva Couceiro, neto de HPC, dentro em pouco parte dos arquivos nacionais portugueses.
Para aqueles que passaram com menos que 12 valores nas aulas de história é relativamente fácil perder-se o rasto a Henrique de Paiva Couceiro, especialmente num registo de cem anos impenitentemente republicano, republicanismo esse que ao próprio ofendia, e que ele combateu praticamente até à data da sua morte. Não há amor perdido, aqui.

Relativamente mais fácil é recordar que ele foi talvez dos elementos mais instrumentais nas então chamadas “campanhas de pacificação da África Oriental Portuguesa” em 1895. Foi ele, com a prestimosa assistência de um punhado de oficiais portugueses e uma mistórdia de gente recrutada à pressa, que na madrugada dum sábado, o dia 2 de Fevereiro de 1895, segurou o quadrado de Marracuene, ali às portas da vulnerável Lourenço Marques, contra um poderoso ataque de forças afectas ao Régulo Gungunhana, criando o momentum que culminou com a derrota de Gungunhana no fim desse ano, assegurando assim no terreno o não menos importante mas certamente muito mais perfumado, trabalho do governo português em Lisboa e de Luís Soveral em Londres, assim permitindo que, oitenta anos depois, Moçambique viesse a ter a geografia física e humana que ainda tem.

A vida de Henrique de Paiva Couceiro, no entanto, merece um estudo aparte.

Pois muitíssimo mais aconteceu que a sua algo fugaz (mas fulgurante, se algo subestimada) passagem por terras africanas.

Para muitos, muito mais diz o seu combate e postura contra a primeira república e o Estado Novo, em defesa do regresso ao regime monárquico. Que mais não seja porque, enquanto muitos falavam e alegremente comprometiam os seus princípios, ele manteve os mesmos princípios e fez alguma – muita – coisa.

E eis que, oportunamente, surgiram dois eventos dignos de nota.

O primeiro, é a generosa doação à nação portuguesa, por parte da Família Paiva Couceiro, do seu espólio pessoal, cuidadosamente catalogado. Ficará ao cuidado dos senhores da Torre do Tombo em Lisboa.

O segundo, não menos significativo, foi a publicação,  da obra Paiva Couceiro – Diários, Correspondência e Escritos Dispersos (Lisboa: Publicações D.Quixote, 840 páginas, cerca de 32 euros).

Para além de uma introdução por Miguel de Paiva Couceiro, seu neto, e que viveu uns anos na Beira, saliento a preciosa coordenação e uma introdução, pelo Professor Doutor Filipe Ribeiro de Meneses (adoro estes títulos académicos portugueses), uma estrela que desponta entre uma nova geração de historiadores portugueses, previamente autor de uma muito badalada biografia de António Oliveira Salazar e cujas credenciais académicas, rigor e boa escrita fazem pressupor que esta obra se vai tornar numa das referências bibliográficas obrigatórias sobre esta enigmática e fascinante figura das histórias de Portugal, de Moçambique e de Angola nos séculos XIX e XX.
Nota de Convite para o Acto de Doação e Lançamento do livro.
A capa do livro  lançado no dia 14 de Setembro do ano passado

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