A História regista, pela primeira vez,
três portugueses, em simultâneo, integrando o Colégio Cardinalício. São
eles, D. José Policarpo, D. José Saraiva Martins e, agora, D. Manuel
Monteiro de Castro. Estes dois últimos residindo no Vaticano.
É seu múnus -de D. Manuel Monteiro de
Castro - tratar dos "casos do foro interno da consciência". Questão não
de somenos importância, penso eu.
A Imprensa não deixou o facto passar ao largo e entrevistou-o. Como encararia o novo Cardeal as suas funções?
Como uma honra, antes do resto. Uma
honra para Portugal e para si mesmo, humildemente à espera que lhe
dessem ordem de retorno à terra, septuagenário que já é. Mas também com a
visão dos tempos. De um Passado atroz, do Presente dificultoso e do
Futuro feito de esperança.
Disse: "Nós fomos grandes quando a formação religiosa era boa. E tivemos problemas em Portugal quando quiseram acabar com a Religião (...). Os
Governos que entraram e procuraram acabar com a Igreja e com a
Religião, foram esses que nos deram problemas e foi aí que o País baixou".
Evidentemente, a mensagem tem um sentido
histórico. Ultrapassado? Pois está bem. Nenhum espírito avisado assim o
crê. A guerra republicano-maçónica dirigida às instituições espirituais
- mormente a Igreja Católica - é um facto actual e o recém-Cardeal quis
apenas ser diplomata.
Porque o abate de valores morais prossegue. Em nome de uma pretensa liberdade, sem eufemismos traduzida em vacuidade.
publicado por João Afonso Machado em Corta-fitas
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