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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 19 de fevereiro de 2012

"IRÁ CONHECÊ-LA E ESTIMÁ-LA"

No passado sábado, a já habitual festa de aniversário de um amigo, desta vez propiciou o auscultar da opinião de alguns militares convidados. Jovens contratados, têm opiniões acerca da situação do país e melhor ainda, atrevem-se a colocar problemas e aventam possíveis soluções. Para surpresa de quem os quis escutar, nem uma palavra acerca de regalias, hospitais, prémios de carreira ou promoções que têm saturado os noticiários. Não houve uma única menção a contas bancárias ou a remunerações por prestação de serviços, mas um claro mal-estar pela manipulação da opinião pública formatada para nas Forças Armadas verem mais um sindicato ou grupo de pressão egoísta. Este é um erro fatal que poderá finalmente a levar a actos cujas consequências são ainda impossíveis de prever. Nota-se que a permanência numa instituição militar, levou-os a uma perspectiva completamente diversa daquela a que todos nos habituámos nas conversas de café ou sala de visitas e se pudesse resumir o tema a uma palavra, esta seria sem qualquer dúvida, Portugal.

É desnecessário aqui deixarmos as considerações tecidas acerca do momento político e dos seus agentes, fáceis de adivinhar por qualquer leitor. Tendo o debate origem nas missões das Forças Armadas no estrangeiro - com algumas fortes reservas que são bem conhecidas pelos mais atentos -, logo a conversa evoluiu para a actual posição do país no mundo e sem surpresa, todos os militares destacaram a extrema importância do embrião de uma ainda muito incipiente comunidade que é a CPLP. Aí está o seu interesse, em quase perfeito paralelismo com a necessidade de uma profunda revisão do papel das Forças Armadas do Estado e a necessidade de uma clara opção política pelo espaço Atlântico e um sintomático ..."nada de mais Kosovos e Bósnias". Cai assim, a sempre levantada questão corporativa que parece obcecar os comentadores políticos. Sendo aqueles militares pertencentes à arma terrestre, verificou-se a unanimidade quanto à prevalência que os meios aeronavais deveriam ter nessas renovadas Forças Armadas Portuguesas e a sua articulação com aquelas outras pertencentes à nossa esfera de influência cultural. O Brasil foi sempre citado como uma prioridade e este vector é tão mais surpreendente, quando se verifica a idade dos "contratados" de serviço.  Parece que em pouco mais de um ano, a convivência nas instituições militares, foi susceptível para rapidamente levar à consciencialização do actual estado em que se encontra o país. As palavras foram duras, embora obedecessem sempre ao formal respeito pela hierarquia civil de quem se sentem totalmente separados. 

Naturalmente surgiu a questão do regime e um dos mais interessados intervenientes, com um já invejável leque de interesses, pesou o problema, colocando-o no âmbito da reforma do sistema e sem qualquer espanto, consagrando a fórmula monárquica como perfeitamente desejável e exequível. Por uma vez "advogado do diabo", considerámos a dificuldade da tarefa, apontando o controlo da imprensa, os interesses instalados, a propaganda de mais de um século e o hábito que dita a norma.  Pelos vistos, não são escolhos de maior, porque a resposta foi seca e recorreu a uma pessoana citação que aqui deixamos noutro dizer:

-"Primeiro há que fazer a coisa, depois o nosso povo irá conhecê-la e estimá-la".

Parece simples e este post aqui deixado em 2008, é perfeitamente actual .

publicado por Nuno Castelo-Branco em Estado Sentido

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