Sempre dentro de seguras portas, o homem não pára, desdobra-se em visitas entre amigos.
Decerto não terá sido um acidente, um "imponderável" como agora eles dizem. Podiam ter arranjado outra gracinha,
mas encontraram a mais oportuna, dado o momento que o país vive e
sente. Talvez por obra e graça de um acólito mais afoito, a cabeça da
República protagonizou mais um numerozinho de circo,
quando deu de si o oportunamente afrouxado prego que segurava a moldura
enquadrando a Bandeira Nacional da Monarquia Constitucional. Na galeria
de bandeiras que um dia foram os símbolos de Portugal, escolheu-se
precisamente a mais conhecida.
Estava o timorato cavalheiro a babar-se de subserviência por umas trivialidades financeiras proferidas pelo imperator
Sr. Obama, quando foi interrompido por um grande estrondo. O mencionado
quadro acabava de cair ao solo. Oportuno, não? Sabemos como esta gente
"assessória" funciona e qual é o seu nível mental, especialmente nestes
momentos em que teme pelos seus "parcos haveres".
Agora
é de manhã à noite, não param, estão mesmo apertados. Tudo truques,
tudo fogo de vista. Não contam é com o claro sinal enviado, tão certo
como um mais um serem dois.
Este
episódio pode até ser visto de outra forma, precisamente aquela que não
lhes passou pela cachimónia. O estrondo e a imagem do azul e branco a
lembrar-lhes uma persistente e teimosa presença, apenas podem significar
uma coisa: estamos aqui, Depois de Vós, Nós!
Nuno Castelo-Branco
Fonte: Estado Sentido
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