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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A REPÚBLICA ANDA COM O REI NA BARRIGA. (OU RESPOSTA AO RICARDO VICENTE)

Não tenho por hábito ser rude nos textos que escrevo, muito menos em resposta a colegas de blog. Mas de facto, o texto do Ricardo Vicente sobre os monárquicos, demonstra apenas uma visível e notória ignorância, como também uma clara falta de educação e de respeito pela diversidade de opiniões políticas – característica esta muito própria dos republicanos, que lembro: instauraram o seu regime através do homicídio de dois seres humanos e de uma revolução, que até hoje não entregou ao povo português a possibilidade de através do seu voto manifestar a sua vontade sobre a chefia de regime. Lembro, nunca nenhum republicano poderá argumentar que o “voto popular” é uma vantagem do regime republicano, enquanto não for atribuído ao povo português o direito de escolher e votar em Liberdade. Até isto acontecer, a “eleição do chefe de estado pelo voto universal” não passará de uma farsa.

Mas as mentiras continuam. Primeiro, o Ricardo fala do nosso índice de desenvolvimento enquanto país, esquecendo-se que os países mais desenvolvidos do mundo são na verdade monarquias. Se não acredita, convido-o a conhecer o Índice de Desenvolvimento Humano de 2011 e a perceber que o Reino da Noruega é o 1º classificado no ranking, a que se seguem Austrália (monarquia) e Holanda (monarquia), no top 10 constam no total 7 monarquias constitucionais. Se o Ricardo se der ao trabalho de ler o documento com atenção, vai ainda verificar que a nossa república do 5 de Outubro (a que este governo felizmente vai pôr fim enquanto feriado), encontrasse em 41º lugar, atrás de países tão desenvolvidos como a Eslovénia, Chipre, Estónia e Eslováquia.

Se o Ricardo fosse menos preconceituoso, talvez constatasse facilmente que os países onde a chefia de estado é independente do poder político e económico (monarquias) são mais estáveis, o que favorece o nível de desenvolvimento económico e humano dos mesmos. Acha que isto é uma questão de poesia? Não me parece caro Ricardo.

No texto do Ricardo, gostei também do novo argumento de que um regime republicano é uma questão de “direitos humanos”. Em primeiro lugar acho-o básico e em segundo pouco sério. Quer o Ricardo dizer-me que as monarquias de Espanha, Reino Unido, Suécia, Noruega, Holanda e Bélgica, desrespeitam os direito humanos? Isto é mesmo para acreditar ou apenas saiu-lhe e devemos classificar como uma baboseira republicana inspirada por um anti-realismo primário?

As falácias tomam uma proporção ainda maior quando o Ricardo fala dos títulos nobiliárquicos. Em primeiro lugar, diga-me lá em que sítio ouviu ou leu alguma organização monárquica preocupada com esse assunto? Depois, diga-me mais uma coisa, nas actuais monarquias constitucionais europeias que direitos é que têm os “nobres”? E por fim, explique-me lá o que é que são os comendadores da república. Ordenados pelo presidente todos os anos, em Junho, ao ritmo das largas dezenas – em cerimónia digna de uma investidura real. Não serão os comendadores titulares de títulos nobiliárquicos da república? Desculpe a redundância.

Por fim Ricardo, perceba de uma vez por todas que a monarquia não é um poema e muito menos um ideal de toureiros e jogadores de rugby. A monarquia sempre se legitimou em Portugal e nas restantes democracias europeias, através da profunda ligação do monarca ao seu povo. Acontece que em Portugal a República negou e ainda nega a hipótese do povo se manifestar livremente na escolha do regime. Por fim, em verdade lhe digo, os nobres têm o rei na cabeça, os republicanos têm o rei na barriga, mas o povo trá-lo no coração. Assim não fosse e não haveria tanto medo de fazer um referendo.

João Gomes de Almeida

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