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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O ADESIVISMO COMO TRAÇO DE CULTURA NACIONAL

Uma das características do povo Português é ser adesivo. Ou seja, agir conforme os seus interesses, seja qual for o líder mais forte, seja quem pagar melhor. Na instauração da república em Portugal  teve início o boom desse traço cultural. Em primeiro lugar entre as chamadas elites.

Quantos indivíduos que se diziam leais a D. Manuel II na manhã de 5 de Outubro, deram vivas à república na manhã do dia 6 de Outubro? Só na condição de ter havido adesivos é que a república foi possível. E essa franja da população era formada pelos que estavam mais próximos de D. Manuel II, ou que estavam em altos cargos do estado ou tinham interesses monopolistas.

A 1ª República, sendo uma oligarquia, além de ter republicanos convictos, era composta por adesivos, desejosos de protagonismo político. Assim se explica a presidência de João Canto e Castro, após a morte de Sidónio Pais.

Falo no caso de João Canto e Castro porque estando ele erradamente conotado como monárquico, não passava de mais um adesivo, desejoso do egoísmo burguês de ter poder político. Dizia-se ele monárquico para manter um certo status de aristocrata da república, mas não passava de um adesivo(leia-se traidor). Senão, como se explica porque não apoiou Paiva Couceiro com a sua tentativa de restauração da monarquia, no norte do país?

Este adesivismo é visível no golpe militar de 28 de Maio de 1926. Quantos ditos republicanos de ideologia pura e dura não passaram para o autoritarismo personificado de Óscar Carmona? Quantos intelectuais e os dirigentes republicanos não se passaram para o Estado Novo?

E o adesivismo continua visível em Salazar: Quantos militares passaram para o lado de Salazar que tinham sido bons republicanos e quantos pseudo-monárquicos não passaram para o lado do ditador?

Temos o caso de Norton de Matos. Sendo um político tão influente na 1ª república porque é que se ia candidatar às presidenciais de 1949? O caso de alguns  monárquicos é mais que evidente: Salazar sabia que conseguia travar a restauração monárquica na década de 50 porque a maioria dos monárquicos de elite, como qualquer bom Português eram adesivos. O mesmo não se passou com os monárquicos da segunda fase do Integralismo Lusitano que denunciaram e combateram a Salazarquia  em nome da democracia, valor tão caro a quem é verdadeiro monárquico e ao nosso Herdeiro do Trono, o Senhor D. Duarte de Bragança.

Mas o adesivismo continua visível na actualidade: Quantos monárquicos se dizem apoiantes do Rei, quanto apenas estão preocupados com o seu status e só querem manter os seus feudozinhos?Felizmente são cada vez mais uma minoria que  não nos representa e se estamos a crescer meteoricamente é graças a valores como a lealdade e por termos um apoio crescente da sociedade civil. A lealdade gera força em qualquer movimento e é a essência do verdadeiro patriotismo.

E no caso dos republicanos temos muitíssimos exemplos dos quais destaco o caso de Zita Seabra: PCP/PSD; Durão Barroso: Esquerda extremista para o PSD; José Sócrates: JSD para o PS

Falar do adesivismo em Portugal é matéria para muitos artigos porque estamos perante uma característica muito vincada do ser Português e que deve ser exposta e combatida pelo bem comum.

Daniel Nunes Mateus

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