Apesar
da suposta boa vontade da União Europeia e de quase trinta anos de
experimentação, tempo suficiente para um projecto de desenvolvimento dar
os seus frutos e mostrar ao que vem, as empresas nacionais foram aos
poucos desaparecendo e várias sectores foram completamente
desmantelados, sem que nenhuma opção viável surgisse desse processo de
destruição nada criativa.
Muitas empresas fecharam, várias foram
simplesmente compradas por empresas estrangeiras e outras se
transferiram para países mais próximos dos grandes centros de consumo
europeus. Vários programas europeus de grande significado foram lançados
entretanto, mas nenhuma empresa portuguesa faz parte deles, como no
caso da Airbus.
Pelo contrário, apesar de ter sido jogado para a
periferia desde há décadas, o Brasil tem oferecido um vasto mercado para
as empresas portuguesas se agigantarem, parcerias estratégicas em
condições de igualdade em áreas de ponta e investimentos em sectores
quase extintos, mantendo assim alguma da capacidade do país em sectores
vitais como a siderurgia.
A parceria pode ir muito além e render
frutos que novamente transformarão Portugal na mais próspera e activa
parcela do velho continente, nomeadamente na mineração, na exploração
petrolífera em alto-mar, nas pescas, na navegação oceânica e de
cabotagem, na indústria aeroespacial, no mercado de transporte aéreo, na
construção civil, indústria nuclear, biotecnologia, farmácia e na
indústria bélica.
Quanto mais estudo os vários sectores da actividade
económica, mais clara se torna o potencial da simbiose natural entre o
espaço português e o brasileiro, e de todo o resto do mundo lusófono.
Dentro da União Europeia Portugal pode esperar uma morte lenta e a
transformação da sua juventude em emigrantes distribuídos por toda a
Europa, proletarizados nos grandes subúrbios das capitais europeias e
destinados a uma existência cada vez mais mesquinha, enquanto o país dos
seus antepassados vai sendo tomado pelos endinheirados do continente
que venham cá comprar as quintas e os resorts turísticos, provavelmente
empregando mão-de-obra do terceiro mundo, e nada mais.
Se é para
isso, seria mais vantajoso e misericordioso perguntar logo à União
Europeia quanto esta está disposta a pagar por Portugal, dividir o
dinheiro entre todos e depois emigrar para um outro continente. Do jeito
que está, não só perderemos o país como ainda por cima vamos ficar com
uma dívida impagável que absorverá todos os nossos esforços doravante e
ainda assim será maior quando nossos filhos a herdarem.
Ainda bem que
há uma alternativa, mas antes é preciso mandar os eurocratas para o
inferno. Depois disso, todos os outros povos da Europa o farão.
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