Atribui-se
a D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) a fundação material da linhagem e
da Casa de Bragança, a quem todos os seus descendentes directos
recorriam para legitimar e perpetuar, quer o património e bens herdados,
quer a singularidade da própria linhagem.
Nuno
Álvares Pereira casou aos 16 anos com D. Leonor de Alvim, possuidora de
“boas rendas e cabedal” entre Douro e Minho. Desta união nasceram dois
filhos e uma filha, mas só D. Beatriz sobreviveu, sendo a responsável
pela continuação da linhagem.
D.
Beatriz, apesar dos diversos pedidos de casamento por parte de ilustres
fidalgos, alguns de origem castelhana, casou com o filho bastardo de D.
João I e de D. Inês Pires, D. Afonso. Para D. Nuno Álvares Pereira, o
objectivo central do casamento da sua filha era a constituição de uma
Casa Senhorial que perpetuasse a sua linhagem e memória.
Da
união de D. Afonso e D. Beatriz nasceram três filhos: D. Isabel, D.
Afonso, e D. Fernando. D. Beatriz morreu entre os anos de 1409 e 1414.
D.
Afonso casou-se novamente, desta feita com D. Constança de Noronha que
pertencia, pelas linhas paterna e materna, à linhagem dos reis de
Castela e de Portugal.
O
título de Duque de Bragança foi criado em 1442 pelo regente D. Pedro a
favor do seu meio-irmão D. Afonso, 8º Conde de Barcelos.
O
poder da Casa de Bragança veio a ser suprimido por D. João II, mas em
1496, o Rei D. Manuel promoveu a reabilitação da dignidade.
As
linhagens da Casa de Bragança ascendem ao Condestável D. Nuno Álvares
Pereira e a D. João I (se bem que por via bastarda). A legitimidade da
primeira via associada à consanguinidade com a família real, assegurou à
Casa de Bragança grandes privilégios na hierarquia nobiliárquica e
poder económico e político.
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