A
modernidade não tem porque comportar a ideia radical da contenda com o
passado. Aliás, a maior parte das nossas instituições, de assistência
social, democráticas, de ensino e ciências, de saúde, de cultura, ou
foram fundadas durante a monarquia ou assentam naquelas fundações. Assim
as Misericórdias, o Parlamento, a Constituição, as Escolas públicas,
básicas, secundárias ou superiores, a Universidade, os Tribunais, os
Hospitais, os Teatros, mas também as estradas, os comboios, a luz
eléctrica, a livre expressão e a circulação de ideias, são promoções com
uma monarquia actuante no sentido do desenvolvimento social, em
consonância com as inquietações de época e com as dinâmicas europeias.
Fonte: caderno de coisas
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