A
REUNIÃO DE APRESENTAÇÃO DO ELMO DE D. SEBASTIÃO terá lugar no DOMINGO,
dia 7 de Agosto, pelas 16 horas, na QUINTA WIMMER (Estrada Nacional 117,
ao km 10), em BELAS.
domingo, 31 de julho de 2011
O PAÍS IGNORA OS 9 SÉCULOS DO NASCIMENTO DE AFONSO HENRIQUES
Publicada por
Maria Menezes
em "Família Real Portuguesa"
Publicada por Real Associação do Médio Tejo
Publicada por Real Associação do Médio Tejo
DUAS INFANTAS DE PORTUGAL
As
Infantas Maria Benedicta e Isabel Maria, irmãs de Dom Duarte
Nuno, respectivamente com quatro e seis anos, filhas mais velhas do
segundo casamento de Dom Miguel II com a Princesa Maria Teresa de
Lowenstein-Wertheim-Rosenberg, realizado a 7 de Novembro de 1893.
Apesar de viverem no exílio, vestem ambas trajes típicos do Minho.
Publicada por
Maria Menezes
em "Família Real Portuguesa"
sábado, 30 de julho de 2011
DUAS RAINHAS EM PARIS
Imperdível esta deliciosa crónica de Novais Teixeira originalmente publicada n'O Primeiro de Janeiro, a 25 de Outubro de 1953
Não sei bem se esta soberana familiaridade com que Paris recebe e
trata as Majestades estrangeiras não oculta um despeito: o de não ter
também o seu Rei e a sua Rainha. Porque em Paris há de tudo — ela o sabe
bem! — menos o comando da realeza.
Pelo fim trágico de Luís XVI se depreende que Paris prefere o sr.
Auriol no Palácio do Eliseu a qualquer titular de sangue real. Mas se
os reis fossem apenas honrarias e efeitos decorativos, os parisienses
gostariam de ter no Palácio de Versalhes um Orléans legítimo misturado
com as fontes luminosas. Faz parte esse gosto pelas figuras reais deste
adorável «provincianismo» da capital, de que todos se apercebem menos os
parisienses, porque um parisiense é demasiado actor da grande cena para
compreender bem Paris.
Por aqui anda o Conde de Paris, pretendente ao trono da França,
sumido na massa anónima da capital. Só lhe falta o cesto das compras e o
pão debaixo do braço para ser, na iconografia doméstica do seu
quartier, um parisiense autêntico. Pudesse, porém, a falta de ceptro não
implicar na falta de europeis reais, como deliraria o povo de Paris com
esse impossível majestático na pessoa do seu Conde!
Duas rainhas honram hoje com a sua presença as ruas da capital: a
rainha Juliana da Holanda e a rainha Frederica da Grécia. A rainha
Juliana é uma holandesa típica, isto é, uma francesa da província,
plasticamente considerada; a rainha Frederica, uma perfeita parisiense,
isto é, cintura de vespa, 58 centímetros, segundo registo das fitas
métricas dos costureiros de Paris. Juliana veio à terra de São Luís para
espairecer; Frederica para se vestir. Uma foi vista na Rue Rivoli,
colada às vitrinas da bijouterie turística, bon marché; outra na Avenue
Montaigne, rondando a casa de Christian Dior.
Os holandeses têm em alto conceito a sua Rainha. Menos
autoritária que a rainha Guilhermina, é todavia Senhora de mais
autoridade. Seus conselhos são sábios; seus ouvidos, atentos aos
negócios do Estado. Não é apenas respeito hierárquico o que lhe mostram
os seus Ministros, mas o que se tem por uma dama que chegou com
condições intrínsecas à Suprema Magistratura do país. No jardim dos seus
sentimentos mais íntimos, os holandeses cuidam do afecto pela sua
Rainha com a mesma amorosa solicitude com que tratam das suas papoulas
de mais alto preço. O sorriso franco e simples da rainha Juliana seduz
também os parisienses.
Sua Majestade jantou um dia destes, de incognito, em uma
rôtisserie do Boulevard de Clichy, que é o boulevard classe média por
excelência; hors-d'oeuvres variados, pilaf de lagosta, queijo de cabra e
café do Brasil. Acompanhava-a o príncipe Bernhard de Lippe, seu marido.
Depois botou conversa com um casal desconhecido da mesa do lado, ao
estilo de Paris, e foram os quatro deambular por Pigalle, perdidos na
multidão. Há quem visse Juliana diante dum pim-pam-pum com jeito de
pegar na bola de trapo. O príncipe Bernhard foi no dia seguinte a
Rambouillet caçar faisão com o presidente Auriol. A Rainha preferiu
Chantilly e as preciosidades da pinacoteca do seu castelo.
Uma Rainha compenetrada com o seu povo está automaticamente
compenetrada com todos os povos do mundo. O respeito por uma realeza
popular não se detém nos domínios da sua jurisdição. Paris põe à
disposição da rainha da Holanda os seus pimpam- puns e a sua
familiaridade. Difícil conquista esta, a da familiaridade dum povo tão…
comunista como o de Paris! Eis uma conquista que ainda não fez o sr.
Maurice Thorez. Experimentem acercarem-se do secretário-geral do Partido
Comunista Francês! O seu ceptro exige mais distâncias que o dos Reis!…
As Majestades vermelhas estão mais expostas aos acidentes cardíacos.
Novais Teixeira, O Primeiro de Janeiro, Porto, 25 de Outubro de 1953, pp. 1, 2
Agradecimentos a Vasco Rosa
Publicado por João Távora no blogue da Real Associação de Lisboa
EL-REI DOM MANUEL II NO BUÇACO
O Rei Dom Manuel II e o Duque de Wellington (neto) fotografados no Bussaco em 1910
(Clique na imagem para ampliar)
Um
dos últimos acontecimentos que teve participação real decorreu quanto
das comemorações dos cem anos da batalha do Bussaco , no dia 27 de
Setembro de 1910.
O
Rei deslocou-se ao Bussaco em comboio especial naquele que foi um dos
últimos actos públicos do Governo e da Monarquia participando
directamente nas cerimónias com grande brilhantismo e com a presença de
altas personalidades, entre elas o neto do Duque de Wellington, Lord
Arthur Charles Wellesley, neto do Duque General. Presentes também os
ministros da Guerra e dos Negócios Estrangeiros que acompanharam o Rei
na sua deslocação.
Durante
a visita, que decorreu com pompa e circunstância, não deixou de se
respirar o pesado ambiente de instabilidade politica que se vivia na
altura e que terminou alguns dias depois na revolução republicana do
cinco de Outubro. El-Rei Dom Manuel inaugurou o Museu Militar do Buçaco,
instituição que subsiste hoje associada na sua fundação à figura do Rei
e ao seu pequeno reinado.
O cenário posterior é o muro da mata junto à Porta de Sula, local onde se travou parte da batalha.
El
Rei empunha a bandeira do centenário perante o Bispo que procede à
benção do estandarte. Na mesma foto , em cima, o pelotão fardado à época
em plena missa campal. (Revista Brasil-Portugal). Depois desta
cerimónia Dom Manuel reinou apenas sete dias, até ao 5 de Outubro.
Publicada por
Maria Menezes
em "Família Real Portuguesa"
UM EUROPEU DE REFERÊNCIA, POR ADRIANO MOREIRA
Morreu há poucos dias o Doutor Otto de
Habsburgo, arquiduque da Áustria, chefe da antiga família imperial, mas
sobretudo um cristão que dedicou a longa vida quase centenária à
unidade, em paz, da Europa que destruiu a sua proeminência mundial com
duas guerras a que chamou mundiais, e foram apenas as guerras civis de
piores consequências dos povos europeus. A de 1914-1918, como é
frequentemente recordado, teve o início do seu percurso brutal no
assassínio do arquiduque Francisco Fernando, e da sua mulher, a duquesa
de Hohenberg, quando, na qualidade de príncipe herdeiro, visitava
Sarajevo, na Bósnia, morto em 28 de Junho de 1914, por um suposto
modesto executor da vontade de outros decisores políticos. Em 23 de
Julho a Áustria enviou um severo ultimato à Sérvia, cinco dias depois
declarou-lhe a guerra, e a tradicional e abalada balança de poderes foi
obedecendo à lei da natureza das coisas até ao desastre chamado paz, que
haveria de ser completado pela guerra de 1939-1945. O Império
Austro-Húngaro foi desfeito, dando origem a quatro novos Estados,
avaliando-se as perdas de vidas em 10 milhões de pessoas, cabendo à
Áustria-Hungria 1 100 000. A família imperial abandonou o poder com
honra e sem fortuna, recebeu acolhimento em Portugal, tendo o antigo
imperador Carlos morrido na ilha da Madeira, onde se encontra e ficará o
seu túmulo. O então pequeno Otão teria para sempre uma devoção total
por Portugal, cuja língua falava, e, doutorando-se em Lovaina,
transformou a tragédia familiar em sabedoria, e assumiu uma luta
intelectual, e política, pela unidade europeia, uma decisão reforçada, e
não desanimada, pela segunda guerra mundial, muitíssimo mais
destruidora de vidas e bens do que a primeira, real ponto final na
supremacia mundial europeia, e por isso mais exigente do regresso à
regularmente pregada política da unidade. O seu instrumento
institucional de intervenção foi principalmente o Centro Europeu de
Informação e Documentação, a par da doutrinação em jornais, em
conferências e congressos internacionais, em livros doutrinais, tendo
criado uma rede de centros na Europa ocidental, incluindo Lisboa, e
participado na campanha radiofónica para o Leste europeu no sentido de
animar a libertação dos satélites. Muito inspirado pela doutrina social
da Igreja, não pode compreender-se totalmente o papel da
democracia-cristã, no movimento da unidade europeia, sem ter em conta a
sua incansável pregação. Na crise do Império Euromundista, em cujo final
se inscreve a retirada portuguesa, ainda neste caso o seu interesse
activo se manifestou, quer internacionalmente quer em visitas aos
territórios do então ultramar português, inquirindo e sugerindo soluções
políticas que abrissem caminho a uma nova solidariedade em paz e
cooperação. Nesta cruzada, a sua intervenção não pode ser desassociada
da intervenção notável de Richard de Coudenhove-Kalergi, um dos maiores
europeístas do século XX, e cuja Fundação ainda se encontra activa,
embora sem a visibilidade dos tempos difíceis que o chamaram ao
interesse mundial com o 1.º Congresso Pan-Europeu que se reuniu em Viena
de 3 a 6 de Outubro de 1926. Uma das afirmações de Otão de Habsburgo,
feita no Liechtenstein em 1958, é talvez a síntese da tarefa a que
dedicou a longa vida: “O nosso trabalho para o futuro do nosso
continente é portanto lutar em favor da Confederação Europeia.” A Europa
reconheceu o seu contributo, entre outras consagrações, mantendo-o como
deputado, no Parlamento Europeu, durante duas décadas. A sua Pátria de
origem prestou-lhe tributo com as homenagens fúnebres, para as quais fui
convidado e não tive, com tristeza, oportunidade de assistir, para
prestar tributo ao amigo de tantos anos. Na sua última visita a
Portugal, prestou ele homenagem de gratidão ao povo que o acolheu,
declarando, em discurso na Universidade Católica, que o corpo de seu
Pai, então beatificado pela Igreja Católica, ficaria para sempre na
Madeira. A gratidão também tem lugar no projecto europeu.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
A LUXUOSA NOBREZA REPUBLICANA
A antiga Ordem de Cristo, ainda não mutilada |
Bem
vistos os factos, os republicanos fizeram bem em terem mantido as
antigas Ordens honoríficas da Monarquia, tal como conservaram o escudo
nacional do sistema deposto em 1910. Nada de melhor tinham a propor,
limitando-se a reinterpretar o significado dos mesmos, por vezes
recorrendo a risíveis argumentos que a ninguém convenceu. As mais
prestigiadas Ordens, são precisamente aquelas que gozavam da maior
apetência antes de 1910 e embora para muitos não valham grande coisa
desde que foram mutiladas pela República, são ainda consideradas, nem
que seja pelo bom gosto decorativo. Quanto aos receptuários das mesmas,
essa é uma outra estória, pois tratando-se de sujeitos que na sua grande
parte apenas se notabilizam pela sua amizade e favores para com o
outorgador, pouco terão em comum com antigas glórias que outrora
receberam as comendas de Cristo ou de Aviz. A Ordem de Cristo atribuída a
declarados pagãos, não deixa de ser mais uma originalidade "à
portuguesa".
Mota
Amaral aborreceu-se com o Sr. Cavaco Silva e a razão para tal bater de
porta, dever-se-á ao desagrado belenense pelos nomes apresentados pelo
antigo chefe do governo açoriano. Alguns deles estão conotados com o PS e
em conformidade, Cavaco não gostou da inclusão de "penetras" alheios ao
seu séquito. Misérias da República.
Já agora e ainda no rescaldo do desaparecimento de Otão de Habsburgo, o Presidente checo diz umas verdades acerca da Europa, coisa que o seu correspondente lisboeta seria incapaz de cogitar nem por um momento.
Nuno Castelo-Branco
Fonte: Estado Sentido
OS "CATÓLICOS" ADVERSATIVOS
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
A Voz da Verdade, 2011-07-17
In memoriam de
Maria José Nogueira Pinto,
uma católica não
adversativa.
A barca de Pedro é como a arca de Noé. Se esta
providencial embarcação incluía toda a espécie de criaturas que havia à face da
terra, também a Igreja congrega uma imensa variedade de almas. Todas as gentes,
qualquer que seja a sua raça, a sua cultura, a sua língua ou os seus costumes,
desde que legítimos, cabe na barca de Pedro. Por isso, graças a Deus, há
católicos conservadores e progressistas, de direita e de esquerda, republicanos
e monárquicos, regionalistas e centralistas, etc.
Se, em política, tudo o que parece é, o mesmo já
não se pode dizer na Igreja. Tal é o caso dos ‘católicos’ adversativos. Muito
embora a designação seja original, a realidade é, infelizmente, do mais
prosaico e corrente:
- Eu sou católico, mas...
E, claro, a seguir a esta proposição adversativa,
seguem não poucos reparos à doutrina cristã. A saber: eu sou católico, mas
creio na reencarnação; eu sou católico, mas defendo o aborto; eu sou católico
mas, não acredito no inferno; eu sou católico, mas sou a favor da eutanásia; eu
sou católico, mas concordo com o casamento entre pessoas do mesmo sexo; etc.,
etc., etc.
É verdade que a Igreja acolhe também aqueles que,
por desconhecimento ou por debilidade, não conseguem ainda viver de acordo com
todos os seus preceitos. Ao contrário do que pretendiam os cátaros, a Igreja
não é só dos puros ou dos santos, os únicos que são, de facto, cem por cento
católicos. Com efeito, a Igreja não exclui os néscios, nem os fracos que, na
realidade, somos quase todos nós. Mas não aceita os nossos erros, nem os nossos
pecados, antes impõe que, da parte do crente, haja uma firme decisão de
conversão.
Esta é, afinal, a diferença entre o pecador e o
fariseu: ambos pecam, mas enquanto aquele reconhece-o humildemente e procura
emendar-se, este justifica-se e, em vez de mudar de conduta, desautoriza a
doutrina em que, afinal, não crê. O pecador que é sincero no seu propósito de
santificação, tem lugar na comunidade dos crentes, mas não quem
intencionalmente nega os princípios da fé cristã.
Na Igreja há certamente margem para a diversidade
de pontos de vista, também em matérias doutrinais opináveis, mas não cabe
divergência no que respeita aos princípios fundamentais. Um cristão que,
consciente e voluntariamente, dissente de uma proposição de fé definida pela
competente autoridade eclesial, não é simplesmente um católico diferente ou
divergente, mas um fiel infiel, ou seja, um não fiel.
Conta-se que o pai de uma rapariga algo leviana,
sabendo do seu estado interessante, tentou desesperadamente conseguir-lhe um
marido que estivesse pelos ajustes. Para este efeito, assim tentou aliciar um
possível candidato:
- É verdade que a minha filha está grávida, mas é
só um bocadinho...
Ser ou não ser, eis a questão. Pode-se ser
católico sendo ignorante e até muito pecador, mas não se pode ser ‘católico’
adversativo, ou seja, negando convictamente a doutrina da Igreja.
A fé não se afere por uma auto-declaração
abstracta, mas pela opção existencial de seguir Cristo, crendo e agindo de
acordo com os princípios do Evangelho. Não é católico quem afirma que o é, mas
quem pensa e quer viver como tal. «Tu crês que há um só Deus? Fazes bem, no
entanto também os demónios crêem e tremem. O homem é justificado pelas obras e
não apenas pela fé. Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé
sem obras está morta» (Tg 2, 19.24.26).
PALAVRA DE RAINHA
«Durante todos estes longos anos, nunca falei.
É verdade que ainda era vivo o rei D. Manuel, meu filho, todo dedicado à
causa portuguesa, e que tenho o orgulho de ter educado no culto da sua
pátria. E se agora vivo em França, depois de vinte e cinco anos passados
em Portugal (…) as minhas afeições, e mesmo a minha tragédia, fizeram
de mim portuguesa até à alma.
(…) pedi que fosse desmentido um dos mais crueis boatos sobre a nossa
partida de Portugal. Não fugimos para Gibraltar. Assim que embarcámos na
Ericeira (…) tinhamos a intenção de nos dirigir para o Norte e
desembarcar no Porto, que reclamava o seu rei. (…) quero desmentir aqui
solenemente aqueles que ainda ousam dizer que nos dirigimos para o Sul
porque, a bordo, havia duas raínhas em lágrimas. É mentira. (…)
Não chorámos, não nos queixámos, não tivemos medo. Chorei, sim, mais
tarde, mas de pena e desespero. Nunca os Braganças foram cobardes! (…)
mesmo na morte – amámos a pátria distante».
NOTA: «A viagem da Rainha decorreu de 19
de Maio a 30 de Junho de 1945; esteve em Lisboa, Sintra, Fátima,
Buçaco(no mês de junho descansa uns dias no Palace Hotel do Bussaco),
Mosteiros de Alcobaça e Batalha, parando na Ericeira, o seu porto de
exílio, e visitando em Lisboa os seus mortos, no Panteão da Dinastia de
Bragança e também os dispensários que Ela própria criara.»
A fotografia publicada de S.M. a Rainha D.Amélia de Portugal, foi tirada na galeria do Palace Hotel do Bussaco.
Fonte: Luís Filipe Afonso, in Facebook
quinta-feira, 28 de julho de 2011
MONARQUIA É REPÚBLICA NA MESMA
Bom, eu nasci como grande parte de todos nós em “República”, e tenho
um grande desgosto em isso ter acontecido; porque eu gostava de ter tido
o privilégio de ter nascido num país monárquico, onde reinasse a
educação, o respeito e principalmente o patriotismo que é o que falta a
Portugal há cerca de um século.
Infelizmente em Portugal nestes dias não há o sentido do amor à
Pátria, como havia antes de 1910. Não há o orgulho de dizer “eu sou
Português”!
E, perguntam vocês e muito bem: mas porquê?
Porquê? Porque infelizmente o nosso país não nos permite que sejamos
monárquicos nem que haja um referendo em que o povo que é quem decide
possa escolher entre a Monarquia ou a República; para todos os fins
teremos que viver para sempre em República.
Mas, será que os “iluminados” não percebem que nós sempre vivemos numa
República? Analisemos a palavra: república – respublica que significa
coisa pública; há alguma coisa mais pública que a Monarquia?
O Rei tem como função unir todo o povo enquanto o Presidente apenas consegue unir uma facção, a que o elegeu!
Basta! Não quero criar os meus filhos nem os meus netos nesta triste República das bananas!
Nós precisamos de algo inovador! Uma Monarquia!
Temos todas as condições para isso! Temos um Rei excelente, culto, inteligente. Que querem mais?
Antes morrer Monárquico que viver toda a vida cúmplice dum crime!
Viva S.A.R., o Senhor Dom Duarte!
Viva a Monarquia!
Viva o Reino de Portugal!
Viva a Monarquia!
Viva o Reino de Portugal!
José Martin
A FOTO MENOS DIVULGADA DO TAL NORUEGUÊS
É quase anti-tudo.
Só lhe faltou (?) dizer que seria a favor de uma República Norueguesa.
Com a fardamenta que a foto mostra, não nos admiremos nada se ainda
viermos a saber qualquer coisa a esse respeito. Terão o Sr. António Reis
e respectivo sucessor, colocado esta foto na sede da tertúlia sita ao
Bairro Alto?
publicado por Nuno Castelo-Branco em "Estado Sentido"
quarta-feira, 27 de julho de 2011
JÁ COMEÇA AMANHÃ EM SANTA MARIA DA FEIRA
Contexto Histórico: Séc. XII no Reinado de D. Afonso Henriques
Após a aclamação de D. Afonso Henriques em Ourique pelos seus
companheiros d’armas, El-Rei decide aplicar novas estratégias militares
na conquista do território aos sarracenos e dá início a um novo
processo de negociações políticas, diplomáticas e até matrimoniais,
tendo como objectivo afirmar o seu poder soberano, impor a
independência do reino de Portugal a outros reinos hispânicos e,
principalmente, ser reconhecido pela Sé Apostólica, através da
concessão do privilégio de Portugal se tornar um reino pertencente a
São Pedro.
Para beneficiar desta honra, D. Afonso Henriques promove homenagem
ao Papa e paga o censo anual à Santa Sé. No entanto, o reconhecimento
oficial só é conseguido e concretizado em 1179, quando é publicada a
bula Manifestus Probatum est pelo Papa Alexandre III, que
concede o título de Rei a D. Afonso Henriques e aos seus descendentes,
promete defender a sua dignidade e reconhece a independência de
Portugal.
Os actos, os factos e as personagens principais que ajudaram à
afirmação do poder régio e soberano de D. Afonso Henriques e à
concretização da independência de Portugal, reconhecidos por todo o
mundo cristão, são o mote para a recriação histórica de mais uma edição
da Viagem Medieval em Terra de Santa Maria.
A XV Viagem Medieval em Terra de Santa Maria realiza-se de
28 de Julho a 7 de Agosto, no centro histórico de Santa Maria da Feira.
Os acontecimentos e as personagens que mais contribuíram para a
afirmação do poder régio e soberano de D. Afonso Henriques e para a
concretização da independência de Portugal serão o mote para onze dias
de recriações e animação.
JOSÉ MATTOSO ELEGE S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE COMO FIGURA DE PARADIGMA NACIONAL
O
Senhor Dom Duarte de Bragança, Drº Paulo Catarino, Dr.ª Margarida
Ferreira, directora do Museu de Aveiro, D. António Francisco dos Santos,
Bispo de Aveiro, e Prof. Dr.º José Mattoso
José Mattoso diz que “os políticos são incapazes de resolver os problemas”.
Filósofo,
místico e referência ética nacional, são três os adjectivos com que
definiria esta personagem ímpar da nossa vida cultural. Já foi monge e,
perante a perplexidade da vida, considera Deus, como aquele que
“preenche todo o vazio e responde a todas as perguntas” e critica
acidamente os valores prevalecentes, afirmando: “o domínio da técnica
não garante o exercício da sabedoria”.
Embora
acreditando nas virtualidades do 25 de Abril, nem por isso, se revê nos
seus frutos: “incapazes de resolver problemas relacionados com a
organização social e económica, os políticos desenvolveram estratégias
de ataque pessoal e de descrédito, que ainda hoje dominam a luta pelo
poder”. E elege duas figuras como paradigmas nacionais: Alexandre
Herculano e Dom Duarte, não se esquecendo de Camões, “épico” demais para
o seu gosto e Fernando Pessoa, que considera “demasiado paradoxal”.
Fonte: Soberania do Povo
Publicada por
PPM-Braga
LENDA DA BATALHA DE OURIQUE
Conta
a lenda que a Batalha de Ourique foi o momento decisivo da
independência do pequeno condado portucalense e que, no fim da peleja,
D. Afonso Henriques foi ...
...aclamado pelos combatentes como Rei.
Era noite. Véspera de batalha.
Os guerreiros tentavam descansar. Nas coloridas tendas mouras o movimento fora intensíssimo durante todo o dia. De cinco reinos havia chegado homens aguerridos, decididos a não deixar progredir o pequeno exército dos cristãos. Tinham vindo muitos de Sevilha e de Badajoz para se juntarem à hoste composta por gente de Elvas, Évora e Beja. Diz-se mesmo que tinha vindo gente de além-mar. Durante o dia, não tinha havido descanso para ninguém. As setas tinham sido cuidadosamente afiadas e guardadas nas aljavas. Os velozes alfarazes da cavalaria moura tinham tido ração suplementar e relinchavam respondendo aos puros-sangues árabes dos grandes senhores que, impacientes, esperavam pela acção, pelo combate. Enfim, era noite e a algazarra que pairava todo o dia sobre o arraial esmorecera um pouco e só se ouvira como que um zunir de moscas. No acampamento cristão pairava o silêncio. Também os ginetes da guerra estavam prontos e impacientes, as espadas tinham sido afiadas, os peões haviam experimentado as bestas para que tudo corresse como desejavam. Os guerreiros descansavam nas tendas, recostados em leitos improvisados com as peles dos animais mortos, lá mais ao norte, nas selvas que bordejavam as suas tendências e propriedades.
Também Afonso Henriques estava recostado na sua tenda. Dera ordem para que ninguém o incomodasse. Não conseguia dormir. Pensava na batalha do dia seguinte, na enorme cópia de gente moura contra a sua minúscula hoste.
Corria até que o exército árabe tinha uma ala de mulheres guerreiras... Mas, era necessário vencer... Deus se encarregaria de se mostrar ao infiel o seu poder pelo braço do guerreiro. Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião. Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha. Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho que queria falar-lhe com muita urgência: Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:
- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres?
-Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te da parte de Jesus, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida onde há já sessenta e seisanos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que ele manda dizer-te! Antes do guerreiro abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efectivamente, o sino da ermida e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, com gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado. Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado de anjos. Afonso Henriques, ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe:
- Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás rei...
Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra os guerreiros de Afonso Henriques.
Ao Primeiro embate muitos homens caíram no chão trespassados pelas lanças. Puxou-se então por espadas e alfanges e a planície foi invadida por um tinir de ferros misturados com a gritaria de toda aquela multidão e os relinchos doloridos dos cavalos feridos. Durante muito tempo, foi um verdadeiro inferno. Os guerreiros cristãos, porém, levaram a melhor. Os mouros sobreviventes, fugiram pela planície fora, deixando os cadáveres naquele imenso chão. Do lado cristão também eram muitos os mortos e feridos, mas os sobreviventes proclamavam a vitória, gritando:
- Real! Real! Por Afonso, Rei de Portugal!
Diz a tradição que nesse momento e em memória do acontecimento, o rei pôs no seu pendão cinco escudos, representando os cinco reis mouros que derrotara. Pô-los em cruz, pela cruz de Nosso Senhor e dentro de cada um mandou bordar trinta dinheiros, que por tanto vendera Judas a Jesus Cristo. Esta é a patriótica lenda com que os portugueses quiseram perpetuar um facto que na realidade foi bem diverso.
Fonte: Instituto de Estudos de Literatura Tradicional
...aclamado pelos combatentes como Rei.
Era noite. Véspera de batalha.
Os guerreiros tentavam descansar. Nas coloridas tendas mouras o movimento fora intensíssimo durante todo o dia. De cinco reinos havia chegado homens aguerridos, decididos a não deixar progredir o pequeno exército dos cristãos. Tinham vindo muitos de Sevilha e de Badajoz para se juntarem à hoste composta por gente de Elvas, Évora e Beja. Diz-se mesmo que tinha vindo gente de além-mar. Durante o dia, não tinha havido descanso para ninguém. As setas tinham sido cuidadosamente afiadas e guardadas nas aljavas. Os velozes alfarazes da cavalaria moura tinham tido ração suplementar e relinchavam respondendo aos puros-sangues árabes dos grandes senhores que, impacientes, esperavam pela acção, pelo combate. Enfim, era noite e a algazarra que pairava todo o dia sobre o arraial esmorecera um pouco e só se ouvira como que um zunir de moscas. No acampamento cristão pairava o silêncio. Também os ginetes da guerra estavam prontos e impacientes, as espadas tinham sido afiadas, os peões haviam experimentado as bestas para que tudo corresse como desejavam. Os guerreiros descansavam nas tendas, recostados em leitos improvisados com as peles dos animais mortos, lá mais ao norte, nas selvas que bordejavam as suas tendências e propriedades.
Também Afonso Henriques estava recostado na sua tenda. Dera ordem para que ninguém o incomodasse. Não conseguia dormir. Pensava na batalha do dia seguinte, na enorme cópia de gente moura contra a sua minúscula hoste.
Corria até que o exército árabe tinha uma ala de mulheres guerreiras... Mas, era necessário vencer... Deus se encarregaria de se mostrar ao infiel o seu poder pelo braço do guerreiro. Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião. Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha. Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho que queria falar-lhe com muita urgência: Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:
- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres?
-Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te da parte de Jesus, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida onde há já sessenta e seisanos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que ele manda dizer-te! Antes do guerreiro abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efectivamente, o sino da ermida e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, com gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado. Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado de anjos. Afonso Henriques, ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe:
- Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás rei...
Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra os guerreiros de Afonso Henriques.
Ao Primeiro embate muitos homens caíram no chão trespassados pelas lanças. Puxou-se então por espadas e alfanges e a planície foi invadida por um tinir de ferros misturados com a gritaria de toda aquela multidão e os relinchos doloridos dos cavalos feridos. Durante muito tempo, foi um verdadeiro inferno. Os guerreiros cristãos, porém, levaram a melhor. Os mouros sobreviventes, fugiram pela planície fora, deixando os cadáveres naquele imenso chão. Do lado cristão também eram muitos os mortos e feridos, mas os sobreviventes proclamavam a vitória, gritando:
- Real! Real! Por Afonso, Rei de Portugal!
Diz a tradição que nesse momento e em memória do acontecimento, o rei pôs no seu pendão cinco escudos, representando os cinco reis mouros que derrotara. Pô-los em cruz, pela cruz de Nosso Senhor e dentro de cada um mandou bordar trinta dinheiros, que por tanto vendera Judas a Jesus Cristo. Esta é a patriótica lenda com que os portugueses quiseram perpetuar um facto que na realidade foi bem diverso.
Fonte: Instituto de Estudos de Literatura Tradicional
Publicada por
Real Associação do Médio Tejo
LEMBRAR AMÁLIA, RECORDAR PORTUGAL!
Doodle evocativo do 91º aniversário da diva Amália Rodrigues utilizado pelo motor de busca Google. |
A Google voltou sábado passado a destacar e homenagear a cultura portuguesa, recordando o 91º aniversário de Amália Rodrigues, uma das maiores divas que Portugal e o mundo alguma vez conheceram.
Aclamada mundialmente pelo seu incomparável talento e a singular força
da sua presença, Amália Rodrigues deu voz a Portugal, não sendo
despropositado invocar também a memória de António Variações, outro
importante vulto da música e cultura portuguesa, que via nos cabelos da
fadista a nossa bandeira, no seu corpo o nosso estandarte e na sua voz
uma manifestação viva da nossa existência colectiva. Nascida a 23 de
Julho de 1920, Amália deixou-nos a 6 de Outubro de 1999, legando à nossa
memória e posteridade um papel de relevo atribuído ao fado enquanto
instituição imaterial edificada dessa estranha, mas bastante portuguesa,
forma de vida.
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Nova Casa Portuguesa
terça-feira, 26 de julho de 2011
PORTUGAL, TAILÂNDIA, 500 ANOS
(Clique na imagem para ampliar)
Embora
por cá não se notem, já tiveram início as comemorações dos 500 anos da
chegada dos portugueses ao Sião. Pelo que temos visto, os tailandeses
estão a levar muito a sério o seu primeiro contacto com um povo europeu e
este vídeo é
um bom exemplo. Não fosse o Instituto do Oriente do ISCSP (Narana
Coissoró, Vasconcelos Saldanha e Miguel Castelo-Branco) e dos meios
financeiros por esta entidade graciosamente oferecidos a este ciclo,
nada teria acontecido até ao momento pela parte portuguesa, ao contrário
dos tailandeses que estão a investir avultados meios logísticos,
humanos e financeiros. Não nos cheguem com as desculpas habituais,
porque o Instituto do Oriente é
uma entidade pobre e tudo tem feito para cumprir com dignidade aquilo a
que se propôs. O Governo simplesmente não teve capacidade para o
realizar: edições, conferências, exposições, catálogos, monografias
académicas, preparação de um simpósio internacional a realizar em
Novembro, tudo isto também implicando deslocações e estadias para as
quais o contribuinte português não desembolsou um tostão.
Nuno Castelo-Branco, Estado Sentido
"Foi
anteontem apresentada em simultâneo em Lisboa e Ayutthaya, antiga
capital do Sião, a emissão filatélica conjunta luso-tailandesa alusiva
aos 500 anos de relações entre os dois países. A convite da
administração dos CTT foi-me pedida colaboração na condição de
investigador doutorando do Instituto do Oriente /Universidade Técnica de
Lisboa. Os trabalhos que serviram para ilustrar os selos agora à venda
em todas as estações de correios de Portugal e Tailândia são do pintor
português Carlos Barahona Possollo, meu amigo de há muito, bem como da
artista plástica tailandesa Mayuree Narknisorn. O texto explicativo, em
inglês e português, é de minha autoria."
Miguel Castelo-Branco, Combustões
PARECE INSÓLITO...
... mas não é. A notícia que não foi divulgada nos telejornais da hora do almoço ou do jantar, diz que 1/3 dos deputados
tinha "assento de decisão" nas empresas públicas. Não é novidade, até
porque a evolução do estado da nação indiciava isso mesmo. Tal
observação consiste numa espécie de "lóbismo" frequente noutras paragens
além-Atlântico mas que afinal, desde há muito tempo é praticado em
Portugal, de forma mais discreta, mas não menos turva. Se a este tipo de
"administração empresarial" acrescentarmos as autarquias betoneiras - a
começar pela da capital do país -, os gabinetes de estudos anexos e os
escritórios de advocacia que zelam pelos negócios das ditas empresas
estatais, compreende-se facilmente o que estará em causa.
Urge uma definitiva mudança na
forma de captação de deputados para o Parlamento, mas isso apenas será
possível noutro regime, revisto de alto a baixo e de forma perceptível,
com uma base sólida e imutável. Sim, essa mesmo em que estão a pensar e
que para que todos se apercebam da diferença, também envolverá a
alteração dos símbolos. Após 1910 bem tentaram aplicar o Plano B durante
um século. Falhou estrepitosamente, para ruína nossa e desespero dos
seus próceres. Resta uma reformulação do antigo e comprovadamente mais
eficaz e tranquilizador Plano A.
Nuno Castelo-Branco
Fonte: Estado Sentido
Publicada por
Real Associação do Médio Tejo
A BATALHA DE OURIQUE, SEGUNDO A CRÓNICA DOS GODOS
Era de 1177 [= 1139]: A 25 de Julho na festa de S. Tiago Apóstolo, no undécimo ano do seu reinado, o mesmo Rei Dom Afonso travou uma grande batalha com o rei dos Sarracenos, de nome Esmar, num lugar que se chama Ourique. Efectivamente aquele rei dos Sarracenos, conhecendo a coragem e a audácia do rei Dom Afonso, e vendo que ele frequentemente entrava na terra dos Sarracenos fazendo grandes depredações e vexava grandemente os seus domínios, quis; se fazê-lo pudesse, travar batalha com ele e encontrá-lo incauto e despercebido em qualquer parte. Por isso uma vez, quando o Rei Dom Afonso com o seu exército entrava por terra dos Sarracenos e estava no coração das suas terras, o Rei sarraceno Esmar, tendo congregado grande número de Mouros de além-mar, que trouxera consigo e daqueles que moravam aquém-mar, no termo de Sevilha, de Badajoz, de Elvas, de Évora, de Beja e de todos os castelos até Santarém, veio ao encontro dele para o atacar, confiando no seu valor e no grande número do seu exército, pois mais numerosos era ainda pela presença aí das mulheres que combatiam à laia de amazonas, como depois se provou por aquelas que no fim se encontraram mortas.
Como
o Rei Dom Afonso estivesse com alguns dos seus acampado num promontório
foi cercado e bloqueado de todos os lados pelos Sarracenos de manhã até
à noite. Como estes quisessem atacar e invadir o acampamento dos
cristãos, alguns soldados escolhidos destes investiram com eles
(Sarracenos), combatendo valorosamente, expulsaram-nos do acampamento,
fizeram neles grande carnificina e separaram-nos. Como o rei Esmar visse
isto, isto é, o valor dos Cristãos, e porque estes estavam preparados
mais para vencer ou morrer do que para fugir, ele próprio se pôs em fuga
e todos os que estavam com ele, e toda aquela multidão de infiéis foi
aniquilada e dispersa quer pela matança quer pela fuga. Também o Rei
deles fugiu vencido, tendo sido preso ali um seu sobrinho e neto do rei
Ali, de nome Omar Atagor.
Com muitos homens mortos também da sua parte, Dom Afonso, com a ajuda da graça de Deus, alcançou um grande triunfo dos seus inimigos, e, desde aquela ocasião, a força e a audácia dos Sarracenos enfraqueceu muitíssimo.
Publicada por
Maria Menezes
em "Família Real Portuguesa"
segunda-feira, 25 de julho de 2011
"PAI SOARES"
Foi nome de
cavaleiro, um dos apoiantes de Afonso Henriques, mas hoje os
pergaminhos são outros. Mário Soares, pai desta terceira república,
intimou os dois candidatos à liderança do PS a não cederem na revisão
constitucional. Não se muda nada, nem uma vírgula!
Nada que nos espante, pois há muito que sabemos que a dita
constituição, longe de ser uma referência para todos os portugueses,
serve apenas os desígnios de uma facção, de uns quantos que a usam para
se perpetuarem no poder e nas mordomias.
Por isso enquanto ela não mudar, nada vai mudar em Portugal. O estado
continuará a ser gordo e socialista, os poderes ocultos continuarão a
manobrar à vontade, porque uma constituição com trezentos artigos (uma
das maiores do mundo!) dá para tudo. Dá, por exemplo, para bloquear
qualquer iniciativa que ponha em causa os interesses da casta dominante.
Dá para manter uma enorme vozearia de ‘esquerda’ contra qualquer
medida que o governo anuncie. Vozearia, diga-se, completamente
desconforme com os resultados eleitorais. Como agora se viu em relação à
sobretaxa extraordinária: - unidos pela constituição, PS, PCP, BE e
PEV, este último com a particularidade de nunca ter ido a votos,
arrebatam o tempo de antena, e zurzem nos dois intrusos!
E quem são os dois intrusos?! São os partidos a quem os portugueses
confiaram o governo de salvação do país, mas que provavelmente não o
podem salvar porque a constituição não permite! Porque Soares não
permite. Curioso país, não acham?!
‘Pai Soares’ pode (por enquanto) dormir descansado. A sua terceira
república vai continuar a ser de esquerda, o seu partido socialista vai
continuar a dar cartas, e a sua constituição continuará imutável. Até
quando?! Até ao dia em que um qualquer golpe a há-de derrubar.
Seguir-se-á então uma quarta república, que reclamará para si uma
(nova!) constituição para Portugal!
Isto acontece num país com quase dez séculos de história, um país que
tem concerteza uma constituição muito forte para aguentar com tantas
constituições. O que me leva a concluir que talvez esteja na hora de
restaurarmos a verdadeira constituição, a tal que é muito forte e vem
resistindo a tudo.
Saudações monárquicas
JSM
Fonte: Interregno
Publicada por
Real Associação do Médio Tejo
PORTVGAL
Numa altura em que o prestígio e a
própria independência de Portugal estão constantemente a ser postos em
causa, parece altamente positivo que todos (nacionais e estrangeiros)
meditem na mensagem do documento que se segue.
A monarquia portuguesa nasceu em um campo de batalha. Suas dilatadas costas, abertas às agressões marítimas, e a sua extensa raia, sem barreiras naturais, facilitava a entrada aos invasores. O Reino, sempre embalado no conflito das armas, robusteceu-se lutando desde o primeiro dia contra a conquista sarracena, que lhe disputava a posse do território, e contra as lanças leonesas, que não lhe queriam perdoar o arrojo da emancipação. Fadado a ser a primeira nação navegadora do século XV, familiarizou-se muito cedo com os terrores do oceano e, combatido desde o berço, aprendeu na severa escola das provações a só contar consigo, fiando unicamente a defesa do próprio valor.Estreita orla de terra ocidental, cingida de um lado pelo braço colossal de Espanha, e do outro banhada pelas ondas do Oceano Atlântico, Portugal soube sempre mostrar-se grande nos espíritos e no amor da liberdade. Em todas as ocasiões extremas, o peito dos seus habitantes foi a muralha onde vieram quebrar-se os esforços contrários. Em mais de uma crise perigosa, superando o número e a fortuna, lograram eles recordar aos mais soberbos que a temeridade heróica dos indómitos montanheses do Hermínio revivia no coração dos descendentes.Proezas admiradas, sacrifícios maiores do que as forças e o ódio da sujeição estranha, realçado pelo desprezo da morte, forçaram a vitória a sancionar a sua resistência. Resolução audaz, unida a uma rara paciência nos reveses e ao mais ardente afecto patriótico, inflamando e retemperando o carácter nacional, obraram o prodígio de conservar intacta e respeitada a independência, tantas vezes arriscada e sempre triunfante.inRebelo da Silva (séc. XIX)História de Portugal nos Séculos XVII e XVIII
ENTRONIZAÇÃO DE S.A.R O SENHOR DOM DUARTE COMO CAVALEIRO DA REAL CONFRARIA DO VINHO ALVARINHO
Jornal “A Terra Minhota” de 15 de Julho de 2011, pág. 11
Concerto da Orquestra no exterior do Palácio premeia Entronização
Mais
de oitenta músicos subiram ao palco, localizado na frontaria do Palácio
da Brejoeira e encantaram os confrades da Real Confraria, familiares e
amigos. Acompanhados pelo pianista António Rosado e pelo maestro alemão
Ernest Schelle, alguns alunos da Escola Profissional de Música de Viana
do Castelo deram o penúltimo concerto em Monção.
A
directora da escola considerava estar expectante com o concerto no
exterior, porque “o palácio é fantástico, e nós nunca fizemos um
concerto ao ar livre. É evidente que isto traz dificuldades acrescidas
em termos de equilíbrio e sonoridade”, referia Carla Soares Barbosa.
Se
Monção foi estreia para a Orquestra dar um espectáculo no exterior
também ficará marcado para aqueles que deram o penúltimo concerto,
enquanto elementos integrantes na Orquestra Sinfónica, pois muitos deles
terminam este ano o percurso escolar naquela instituição. “Esta
Orquestra está integrada na Escola Profissional de Viana do Castelo, e
como tal funciona naquela cidade. Recebe alunos de todo o distrito e de
outros distritos de Portugal”. A directora da escola explica que a
escola promove um ensino com uma componente artística e científica
ligada à música, integrando jovens dos 14 aos 18 anos.
A
estreia de um concerto no exterior aconteceu no primeiro concerto com a
presença do pianista António Rosado. “Estamos com um solista
fantástico. António Rosado toca connosco pela primeira vez e para os
jovens é uma experiência muito boa. Estamos a fazer estágios, ou seja,
formação em contexto de trabalho e é uma honra receber o António Rosado e
o Ernest Schelle”.
Publicada por
PPM-Braga
domingo, 24 de julho de 2011
FALTAM 15 DIAS PARA A APRESENTAÇÃO DO ELMO DE D. SEBASTIÃO
UM DIA DE MUDANÇA!
Uma espécie de RECONQUISTA DA LUSA IDENTIDADE:
Atravessando o parque, sempre em frente, cerca de meio kilómetro há parque de estacionamento.
Quem amar Portugal é BEM VINDO!
Rainer Daehnhardt
Fonte: O Adamastor
S.A.R., O SENHOR DOM DUARTE ESTEVE PRESENTE NA ENTREGA DA MOÇÃO PELA RECONSTRUÇÃO DA CASA DO PASSAL
A moção foi apresentada ontem à tarde na Torre do Tombo e será entregue ao IGESPAR e à Direcção Regional de Cultura do Centro
A
Fundação Aristides de Sousa Mendes, em colaboração GECoRPA – Grémio do
Património, apresentou esta tarde, na Torre do Tombo, em Lisboa, uma
moção pela reconstrução da Casa do Passal, a ser entregue junto do
IGESPAR e da Direcção Regional de Cultura do Centro.
O
objectivo é conseguir o apoio financeiro para começar as obras de
reabilitação da casa onde viveu Aristides de Sousa Mendes, classificada
como monumento nacional em 2005 e adquirida pela fundação em 2000. A
moção foi aprovada por unanimidade por algumas dezenas de pessoas
presentes no auditório.
Apesar
da unanimidade em torno da figura de Aristides Sousa Mendes e da
necessidade de fazer mais pelo seu legado, foram várias a perguntas
surgidas da plateia que ficaram sem resposta durante o debate, por parte
dos promotores da iniciativa, que assinalou os 126 anos de nascimento
do diplomata.
Dom Duarte de Bragança, que esteve na assistência durante uns breves minutos, delegou num outro elemento do público a questão “porque
não o envolvimento dos descendentes das famílias ajudadas pelo cônsul
português na recolha de fundos para ajudar na reconstrução da Casa do
Passal?”; pergunta que viria a ser reforçada e alargada à falta de
apoio ao próprio Aristides Sousa Mendes, no final da sua vida, por parte
dos familiares daqueles que o diplomata ajudou a fugir à perseguição
dos Nazis. (...)
Jornal "I" de 19 de Julho de 2011
Publicada por
Maria Menezes
em "Família Real Portuguesa"
SÓ...?
Os mandatários da campanha de Aníbal Cavaco Silva informaram que só gastaram 1,79 milhões de euros,
metade do que a lei permitia gastar e que desse montante 89% foi
suportado por "Donativos". Só. Se auferirmos as contas dos outros
candidatos, a campanha global não deve ter andado longe dos 10 milhões
de euros. Na verdade, para eles é pouco. Só parece muito para
aqueles que acham que o dinheiro dos impostos não devia andar a pagar as
candidaturas a um emprego (bem pago) de um cidadão (alinhado por um
partido político). Mas a República é isto!! Todos dão mesmo não
querendo dar... donativos.
João Amorim
Fonte: Centenário da República
Publicada por
Real Associação do Médio Tejo
THE ECONOMIST - ARCHDUKE OTTO VON HABSBURG, SON OF THE LAST AUSTRO-HUNGARIAN EMPEROR, DIED ON JULY 4TH, AGED 98
IF ONLY his great-uncle had died earlier. Franz Joseph I was a
masterful ruler of the Austro-Hungarian empire, but his 86 years brought
rigidity when the times called for reform. This doomed the noble legacy
that his great-nephew (full name Franz Josef Otto Robert Maria Anton
Karl Max Heinrich Sixtus Xavier Felix Renatus Ludwig Gaetan Pius
Ignatius) could have inherited. He remembered the old man, as well as
the coronation of his father Charles in December 1916. It was a short
and gloomy reign, in a botched war that left Europe’s most successful
multinational state, the 11-nation monarchy run from Vienna and
Budapest, beyond saving. The four-year-old—first crown prince and then
uncrowned pretender—served nine decades longer, with brains and charm.
Not that people were grateful, especially at first. A gallant British
officer helped the royals escape from Austria, a turbulent and shrunken
republic with no taste for the finery of the past. The other realm,
Hungary, was nominally a monarchy but run by a regent (who, absurdly in a
land-locked country, was styled admiral). Exiled in Spain at a
threadbare and tiny court, the young Otto was schooled for the empty
throne: he was fluent in Croatian, English, French, German, Hungarian
and Spanish. And Latin, too—he was perhaps the last politician in Europe
able to conduct business in that language.
In 1922 he became the head of the House of Habsburg: “Your Majesty”
to legitimists, and by the Grace of God “Emperor of Austria; King of
Hungary and Bohemia, Dalmatia, Croatia, Slavonia, Galicia and Lodomeria;
King of Jerusalem, etc; Archduke of Austria; Grand Duke of Tuscany and
Cracow; Duke of Lorraine, Salzburg, Styria, Carinthia, Carniola and
Bukowina; Grand Prince of Transylvania; Margrave of Moravia; Duke of
Silesia, Modena, Parma, Piacenza, Guastalla, Auschwitz and Zator,
Teschen, Friaul, Dubrovnik and Zadar; Princely Count of Habsburg and
Tyrol, of Kyburg, Gorizia and Gradisca; Prince of Trento and Brixen;
Margrave of Upper and Lower Lusatia”. His other titles were more minor.
The Nazis sought his help, hoping for some stardust from a real
ex-empire to give lustre to their gimcrack one. But the prince detested
them, having slogged his way through “Mein Kampf”. As a student in
Berlin, he irked Hitler by refusing to meet him. In 1938, as Austria’s
leaders quailed before the Anschluss, the Habsburgs’ scion offered to
return and rally resistance. Luckily, he didn’t get there. The Nazis
ordered that he be shot on sight.
At Roosevelt’s invitation he spent the war years in America, where he
plotted vainly to get Hungary to dump the Nazis, and more successfully
to help Austria shed its image as Hitler’s poodle. But post-war Austria
stayed nervy and vengeful, declaring him an “enemy of the republic”. He
could visit only in 1966, five years after reluctantly renouncing his
claim to the throne, becoming—there and there only—humble Mr
Habsburg-Lothringen. He found his compatriots’ post-imperial neuroses a
tempting target for his jokes. Told of an Austria-Hungary football
match, he asked impishly: “Whom are we playing?”
Exiled monarchs mostly find it hard to keep their dignity: absurdity,
and a court full of creeps and fantasists, are never far away. That was
not the Habsburg style: his family maintained cordial relations with
Europe’s other émigré royals, but his business was more serious. First
he had to restore the family fortune on the lecture circuit, which well
rewarded his erudition and wit. He brought up seven children (five
glamorous daughters, then two much-awaited sons) with his wife Princess
Regina at a lakeside villa in Bavaria. Real politics followed: “opium”,
as he fondly called it. He became a member of the European Parliament in
1979 when that body was just a talking shop, seeing it as a harbinger
of bigger things to come.
A family history going back to the eighth century helped him see the
continent’s destiny in grand terms, with the European Union a wider and
better version of the Holy Roman Empire (his family had headed that
lamented outfit until history caught up with it in 1806). He was no fan
of the Brussels bureaucracy, but promoted the integration his name
epitomised: common culture, open borders and, above all, no more wars.
Only the meanest Austrians remained uncharmed.
Putting the clock back
His glory days came late, in 1989, when what had seemed a sentimental preoccupation with Mitteleuropa—merely
a meteorological term, cynics sniffed—was suddenly practical politics. A
lifetime foe of the communist usurpers in eastern Europe, he plotted
with reformist politicians in Budapest to stage a symbolic cross-border
Austro-Hungarian picnic in the summer of 1989, breaching the Iron
Curtain for ever. Once drenched with blood and tears, the division of
Europe was washed away with tea and lemonade. Some of his fans wished he
had run as the first president of a free Hungary, providing a way back
from the disastrous turning taken 70 years before. Sadly, his modesty
prevailed. He concentrated instead on lobbying for speedy and generous
expansion of the EU to the east, most recently Croatia.
He died a happy man, right about almost everything, if usually too early.
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