Ontem dia 5 de Junho Portugal foi a
eleições, o Povo foi ouvido nas urnas, desde já os parabéns democráticos
a Pedro Passos Coelho e a todos os portugueses que votaram.
Até aqui tudo é normal num regime Constitucional excepto algo … o
Presidente Cavaco Silva foi votar. Parecendo que não é uma grande
diferença entre o Regime Constitucional Monárquico e o Republicano, no
primeiro o Rei nunca vota enquanto que no segundo o Presidente vota. No
meio disto tudo é natural que se pergunte “onde está a imparcialidade
do Presidente da República quando vota ? em que partido vota ? no dele ?
favorece qual ?”. Ora seguindo os últimos 25 anos de democracia
depreende-se que o Presidente tem vindo sempre de um passado político
afecto a um dos partidos do arco da governação, portanto é de questionar
só por isso a sua imparcialidade … ainda mais quando ao representar o
Povo Português toma partido de uma facção do Povo e não de todos.
Como sabemos a Eleição Presidêncial condicionou a entrada do FMI em Portugal
e como tal é legitimo pensar que todos os últimos meses nada foi ao
acaso. Segundo a Constituição Portuguesa um Presidente só pode ser
demitido pelo Parlamento em caso de Crime, se for doente ou maluco nada
se pode fazer … Nunca poderia “arbitrar” um jogo de futebol porque iria
beneficiar uma das equipas …
Precisamos mais do que nunca de um Chefe de Estado que una o país e que
encontre consensos entre todas as forças políticas, com um Rei todos os
partidos teriam a certeza de que a eleição legislativa seria justa e não
condicionada.
Se a Crise agudizar provavelmente ainda
vamos ver Cavaco Silva a sair de helicóptero de Belém … algo que já
aconteceu à Argentina em 2002 pelas mesmas razões que afectam hoje e
condicionam o nosso país … o FMI
Rui Monteiro
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