Um dos tiques dos empossados é avisar o povo das dificuldades que aí
vem. Também falam da esperança, da esperança que devemos ter "neles".
Avisa o primeiro dos ministros, avisa o Presidente da república. Todos
avisam porque demonstrar é coisa diferente. Sempre a cantilena da
"protecção" das figuras do estado... e é por essa suposta "protecção"
que nos encontramos, agora, de mão estendida...
Esta república, centenária, viveu sempre bem a extorquir, a fingir e a
propalar a sacra divisão por todos, a sacra indistinção entre pares, a
distribuir a liberdade equitativamente, segundo a "tabela" das
constituições. Contudo, o que a história nos prova é que este regime tem
sido em tudo contrário à sua doutrina: a república não é o mar da
Liberdade nem tão pouco a "inventou"; não é a "paz entre os homens"; não
é a fonte da riqueza bem distribuída por todos; não é o fim das "regalias" e privilégios!
Não, a República é sim tudo aquilo que critica ver de mal na Monarquia,
seja ela do ideário medieval ou nas realezas modernas, porque se não
fosse não permitiria certos devaneios governativos no seu
território. Se o regime se alicerça no compadrio o que poderemos esperar
da assembleia governativa? Que governe para fazer cair o regime? Não. A
assembleia não governa para fazer cair a mais pequena cadeira, governa
para que o regime – de tantas coisas – se mantenha. Dito isto, o regime
republicano não tem uma única figura ou organismo que possa ser
Imparcial perante todos independentemente de nem todos se reverem nessa
figura. Somos um país abastardado. Se é que ainda somos um país.
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