Lisboa,
19 de Mai 2011 (Ecclesia) – A santidade patente em Madre Maria Clara
“não se acomodou à situação, não se atrelou à Igreja de forma infantil,
antes em atitude madura e activa” – disse D. Carlos Azevedo, esta
quarta-feira, na vigília preparatória para a Beatificação de Madre
Clara.
Na
primeira das três vigílias, realizada na Igreja de S. Miguel-Queijas
(Lisboa), o Bispo auxiliar de Lisboa, referiu que “Clara não legitimou
tomadas de posição anacrónicas, fora do tempo, não se fechou em casta de
privilegiados, mas atirou-se ao terreno difícil, ultrapassou barreiras,
que a muitos pareciam intransponíveis”.
Madre Maria Clara será beatificada dia 21, no Estádio do Restelo (Lisboa), às 10h30, numa
celebração que será presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José
Policarpo, sendo o representante do Papa, o cardeal Angelo Amato,
Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.
Na
sua homilia do tríduo preparatório para a beatificação da fundadora da
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição
(CONFHIC), o prelado realçou também que a futura beata “teve de sofrer
perseguições logo ao nascer da congregação, aguentou longos e injustos
processos judiciais, campanhas caluniosas, julgamentos precipitados de
superiores da Igreja, até a tentativa de deposição de superiora”, mas
“reagia às provações com confiança, humildade e serena alegria”.
“Só
vidas carregadas de atitudes concretas como a da Mãe Maria Clara
transpiram a santidade, são transparência da Trindade santíssima” –
salientou D. Carlos Azevedo na homilia.
A
santidade “não se confunde com a indiferença perante a realidade, com a
insensibilidade perante os dramas humanos, não passa ao lado dos
problemas para andar de bem com todos” – acrescentou.
Hoje
haverá também uma vigília, na Igreja de Nossa Senhora do Amparo-Benfica
(Lisboa) que será presidida por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de
Lisboa, e amanhã decorrerá na Igreja de Santa Maria de Belém e terá como
presidente D. António Montes, bispo de Bragança-Miranda.
A futura beata Libânia do Carmo Galvão Mexia de Moura Telles e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de junho de 1843, e recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869, escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
A
religiosa foi enviada a Calais, França, a 10 de fevereiro de 1870, para
fazer o noviciado, na intenção de fundar, depois, em Portugal, uma nova
Congregação, pelo que abriu a primeira comunidade da CONFHIC em S.
Patrício - Lisboa, no dia 3 de maio de 1871 e, cinco anos depois, a 27
de março de 1876, a Congregação é aprovada pela Santa Sé.
A
«mãe Clara», como é popularmente conhecida, morreu em Lisboa, no dia 1
de Dezembro de 1899, e o seu processo de canonização viria a iniciar-se
em 1995.
LFS - Agência Ecclésia, 19-05-2011
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Lisboa,
18 mai 2011 (Ecclesia) – Na beatificação de Madre Maria Clara, dia 21
de Maio, no Estádio do Restelo (Lisboa) estarão “dez bebés que nasceram
graças à intercessão da Mãe
Clara”, numa celebração que reunirá delegações de mais de 10 países
onde trabalham as Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
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O milagre que leva a Irmã Clara aos altares (COM VÍDEO)
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Bebés na Beatificação da Irmã Clara
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Quem foi/é Madre Maria Clara - Mãe Clara
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Aos 90 anos, não quer faltar à beatificação da tia-avó
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O milagre que leva a Irmã Clara aos altares (COM VÍDEO)
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Quem foi/é Madre Maria Clara - Mãe Clara
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Aos 90 anos, não quer faltar à beatificação da tia-avó
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