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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

sábado, 19 de março de 2011

OS DUQUES DE BRAGANÇA

D. Afonso, 1º duque de Bragança (Cabeço de Vide 10.08.1377 – Chaves 15.12.1461).

D. Fernando, 2º duque de Bragança (Chaves 1403 – Vila Viçosa 1.04.1478).
Seu avô D. Nuno Álvares Pereira doou-lhe, em 1422, o condado de Arraiolos e as terras que possuía no Alentejo. Participou nas expedições a África em 1437, como condestável da armada na expedição a Tânger, 1458 e 1463. Foi governador de Ceuta entre 1445 e 1450. D. Afonso V fê-lo marquês de Vila Viçosa (1455). Em 1461 tornou-se no 2º duque de Bragança, fazendo-lhe o monarca a mercê de elevar Bragança a cidade. Em 1471, D. Afonso V ausentou-se para a conquista de Arzila, nomeando D. Fernando regente do Reino.

D. Fernando, 3º duque de Bragança (1430 – Évora 1483).
Acompanhou D. Afonso V, de quem era amigo, nas expedições a África em 1458, 1463 e 1471. Fronteiro-mor no Norte de Portugal (1462), tornou-se conde (1462-1463) e duque de Guimarães (1470). Por morte de seu pai, veio a ser, em 1478, 3º duque de Bragança. Conselheiro de D. Afonso V, foi o senhor mais poderoso de Portugal. No ano de 1483, D. Fernando, foi degolado sumariamente em Évora, por ordem de D. João II, que se fundamentou na alegada prova de participação em conspirações politicas e alianças secretas com Castela. O Rei desta forma eliminou o primeiro e mais poderoso nobre do País e viabilizava o robustecimento da centralização e pessoalização do poder real, pelo que os descendentes do duque de Bragança se viram obrigados a fixarem-se em Castela.


D. Jaime, 4º duque de Bragança (1479 – Vila Viçosa 20.09.1532).
Filho dos terceiros duques, D. Fernando e D. Isabel, e sobrinho de D. Manuel I. com a restauração da Casa de Bragança, em 1496, D. Manuel I propiciou a seu sobrinho o duque D. Jaime o início de uma nova época de engrandecimento, que treze anos de suspensão e exílio tinham interrompido, sendo a devolução vista, segundo o Rei, não «como cousas perdidas a que nos hora novamente tornamos, mais que usem dellas como de cousas que nunca perderão». Em contrariedade ao expresso no testamento de D. João II, D. Manuel I restituiu, a todos os níveis, as antigas prerrogativas do ducado e demonstrou tal proximidade a D. Jaime que no ano seguinte lhe conferiu o estatuto de herdeiro presuntivo da Coroa. Propôs a D. Manuel I a conquista de Azamor. Comandando uma poderosa armada de 400 velas, que levaram 2500 cavaleiros e 18000 infantes, apoderou-se dessa praça marroquina. Em 1520, voltou a casar, dando inicio, no ano seguinte, à construção do Palácio Ducal de Vila Viçosa. D. Jaime em muito contribuiu para alargar a influência da Casa de Bragança.


D. Teodósio, 5º duque de Bragança desde 1532 (morreu em Vila Viçosa a 20 de Setembro de 1563).
Foi seu mestre o humanista Diogo Sigeu. Em Dezembro de 1540 foi nomeado Fronteiro-mor das províncias de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes. Concluiu o Palácio de Vila Viçosa e nessa vila fundou o Convento da Graça, onde, obtida a aprovação pontifica, em 13 de Julho de 1560, começou os trabalhos para a instalação de uma universidade com os mesmos privilégios da de Coimbra. Dotado de grande cultura era muito dado às artes e em especial à pintura e à escultura. Tinha agentes por toda a Europa: os elementos por eles enviados constituem vários volumes, aos quais deu o título «Os Livros de Muitas Cousas».



D. João, 6º duque de Bragança (morreu em Vila Viçosa a 22 de Fevereiro de 1583).
Em 1563 casou com D. Catarina, sua prima, filha do infante D. Duarte e de D. Isabel, irmã de seu pai. Quando D. Sebastião realizou a primeira ida a África quis que o duque o acompanhasse, ficando o governo do ducado a D. Catarina (1574). O duque foi a essa expedição, levando 600 cavaleiros e 2.000 infantes das suas terras; preparava-se também para ir com o Rei à segunda e desastrosa expedição de 1578 quando febres violentas o obrigaram a ficar. Enviou por isso, para acompanhar o Rei, seu filho D. Teodósio, futuro duque de Bragança.


D. Teodósio, 7º duque de Bragança (Vila Viçosa 28.04.1568 – Vila Viçosa 29.11.1630).
Em virtude de seu pai se encontrar doente, apenas com 10 anos de idade acompanhou as 800 pessoas, entre soldados e criados, com que a Casa de Bragança contribuiu para a Batalha de Alcácer Quibir. Apesar da pouca idade nela tomou parte, tendo ficado ferido na cabeça e feito prisioneiro até Agosto de 1579. Viria a ser libertado por ofícios pessoais de Filipe II, de Espanha, e das instâncias do cardeal D. Henrique. Foi um dos pretendentes mais empenhados na crise de sucessão dinástica (1578-1580) por morte de D. Henrique, reivindicando o direito ao trono português, acabando por se ver envolvido no velado contencioso político existente entre Portugal e Castela, que lhe valeu a «retenção» prolongada em casa do duque de Medina-Sidónia, só regressando a Vila Viçosa em 1580. Em 1583, com a morte de seu pai, e contando apenas 15 anos de idade assumiu o ducado, sendo a sua gestão inicial tutelada por sua mãe D. Catarina, a quem Filipe II propõe casamento, ao que a duquesa manifestou recusa frontal, que ficou célebre e que, politicamente, ressalvava os interesses de seu filho D. Teodósio, à coroa usurpada. Sendo já duque defendeu Lisboa, em 1589, do ataque dos ingleses, comandados por Drake. Foi pai de D. João IV.

D. João IV, Rei de Portugal, 8º duque de Bragança (Vila Viçosa 18.03.1604 – Lisboa 06.11.1656). 


D. Teodósio, 9º duque de Bragança (Vila Viçosa 8.02.1634 – morreu a 6 de Dezembro de 1653).
Primogénito do Rei de Portugal, D. João IV e da Rainha D. Luísa de Gusmão. Herdeiro da coroa portuguesa e 1º Príncipe do Brasil, título especialmente criado em sua honra, enquanto herdeiro do trono, por carta de seu pai de 27 de Outubro de 1645.

D. Afonso VI, Rei de Portugal, 10º duque de Bragança (Lisboa 21.08.1643 – Sintra 12.09.1683).

D. João V, Rei de Portugal, 11º duque de Bragança (Lisboa 22.10.1689 – Lisboa 31.07.1750).

D. José I, Rei de Portugal, 12º duque de Bragança (Lisboa 06.06.1714 – Lisboa 24.02.1777).

D. Maria I, Rainha de Portugal, 13ª duquesa de Bragança (Lisboa 17.12.1734 – Brasil, Rio de Janeiro 20.03.1816).

D. José, 14º duque de Bragança (Lisboa 20.08.1761 – Lisboa 11.09.1788).
Filho primogénito da Rainha D. Maria I e de seu consorte, D. Pedro III, foi titulado 1º Príncipe da Beira por seu avô materno ao nascer. Herdeiro da coroa portuguesa, faleceu prematuramente.

D. João VI, Rei de Portugal, 15º duque de Bragança (Lisboa 13.05.1767 – Lisboa 10.03.1826).

D. Pedro IV, Rei de Portugal, 16º duque de Bragança (Queluz 12.10.1798 – Queluz 24.09.1834).


D. Miguel I, Rei de Portugal, 17º duque de Bragança (Queluz 26.10.1802 – Áustria, Bronnbach 14.11.1866).

D. Maria II, Rainha de Portugal, 18ª duquesa de Bragança (Rio de Janeiro 04.04.1819 – Lisboa 15.11.1853).

D. Pedro V, Rei de Portugal, 19º duque de Bragança (Lisboa 16.09.1837 – Lisboa 11.11.1861).


D. Carlos I, Rei de Portugal, 20º duque de Bragança (Lisboa 28.09.1863 – Lisboa, assassinado no Terreiro do Paço 01.02.1908).

D. Luiz Filipe, 21º duque de Bragança (Lisboa 21.03.1887 – Lisboa, assassinado no Terreiro do Paço 01.02.1908).
Primogénito do Rei D. Carlos e de D. Amélia. Jurado príncipe herdeiro em 1901. Príncipe da Beira e duque de Bragança e de Saxónia, em 1907, acompanhado do ministro da Marinha, Aires de Ornelas, visitou os territórios portugueses em África.


D. Miguel (II), 22º duque de Bragança (Kleinheubach 19.09.1853 – Áustria, Seebenstein 11.10.1927).
Foi o único filho varão de D. Miguel I e de sua consorte, D. Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg.

D. Duarte Nuno, 23º duque de Bragança (Seebenstein 23.09.1907 – Lisboa 24.12.1976).
Filho de D. Miguel II de Bragança e de D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Casou com D. Maria Francisca de Orleães e Bragança, bisneta do Imperador D. Pedro II do Brasil. É pai do actual duque de Bragança.

D. Duarte Pio, 24º duque de Bragança (Berna, Legação de Portugal 15.05.1945)


(Texto adaptado do livro Reis e Rainhas de Portugal)

1 comentário:

  1. Gostei muito de conhecer esta sucessão, até a sua honorável pessoa, já que é descendente direto do muitíssimo amado Imperador D.Pedro II. A ele, homem nobilíssimo, e à sua posteridade, meus maiores respeitos.

    Uma brasileira.

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