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A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO

A CAUSA REAL NO DISTRITO DE AVEIRO
Autor: Nuno A. G. Bandeira

Tradutor

domingo, 9 de janeiro de 2011

UMA VISITA CURIOSA


Alain de Benoist veio a Portugal. A recebê-lo - quem, senão ele? - Nuno Rogeiro, para a indeclinável entrevista televisiva. O auto-proclamado observador da vida política trouxe consigo obra recente, intitulada Un de Droite.

Recuei trinta anos, até ao impacto em Portugal das teses da Nova Direita Francesa. Vi-me com os tons azuis do pesadíssimo, corpulento, Nova Direita, Nova Cultura, na minha mão, em volta de (mais) uma acesa discussão política. Ainda em plena Guerra Fria, a Esquerda no auge da sua força e a quase maioria restante, timorata, muito agarrada ao Centro.

Os anfitriões de Benoist foram, então, quantos se reviam no pensamento de Jaime Nogueira Pinto. Intervindo na discussão, os universitários monárquicos nortenhos, onde reconheceram o arrojo de quem tão frontalmente se demarcava da Esquerda "monopolista da verdade", viram propostas em nada servindo a medidas de Portugal. A apologia do Individualismo, as portas abertas para o liberalismo económico - tudo isso ia muito mal com as raizes comunitárias da nossa identidade nacional.

Em suma, se a análise de Charles Maurras foi magistralmente traduzida para português por António Sardinha e os Integralistas Lusitanos, o mesmo não logrou Benoist. A sua obra a breve trecho era remetida para a prateleira dos visionários, quiçá encostada à Terceira Vaga de Alvin Toffler.

Nada mudou, entretanto. Instado por Rogeiro, na entrevista, a pronunciar-se sobra a famigerada trilogia, Benoist preferiu uma Liberdade-Qualidade-Identidade. De imediato submergindo nas - por si defendidas - origens pagãs da Europa, na urgência de encontrar culturas perdidas para descobrir o mundo novo da actualidade. Onde, pelos vistos, a civilização ocidental cristã afinal não o é.

Ora, Portugal - o Portugal genuíno - nasceu e cresceu sobre o amparo político da Monarquia e a matriz cultural da Igreja. Não estão em causa os caminhos que cada um queira- sempre livremente, é claro - trilhar. Mas não vejo haja muito espaço de manobra, se a opção for a de continuarmos a ser o que sempre fomos - portugueses.

O Passado recente, o Presente, a improbabilidade de um Futuro falam por si...

João Afonso Machado - In Corta-fitas

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